O técnico Senol Gunes foi mais certeiro do que seus atacantes nas críticas ao árbitro Young Joo Kim. Na avaliação do responsável pela Turquia, o juiz coreano decidiu a partida em favor do Brasil, ao marcar o pênalti de Alpay sobre Luizão aos 40 minutos do segundo tempo. “Um brasileiro não teria feito melhor”, disparou, para um grupo de jornalistas de seu país, na saída do estádio, pouco depois de dar entrevista para a imprensa internacional em que se limitou a dizer que o resultado havia sido injusto.
Ulsan (AE) – Gunes não contestou a falta sobre o atacante brasileiro. O que o deixou irritado com o desempenho de Joo Kim foi a interpretação de que ela tivesse ocorrido dentro da área. “Se ele apenas tivesse parado o lance, não haveria o que contestar” observou, desolado com a perda de um ponto que poderia dar outro rumo ao Grupo C. “Não é possível ter um árbitro desse nível na Copa.”
O turco também analisou com ironia o comportamento de Rivaldo. O brasileiro foi atingido por Unsal com uma bolada na coxa, quando se preparava para cobrar escanteio já nos descontos da partida. Ele colocou as mãos no rosto, como se a bola o tivesse machucado. O rival foi expulso, para mais desespero de Gunes. “O Rivaldo é um grande artista”, observou. “Conseguiu iludir bem o juiz, embora todo o estádio tivesse visto que não foi nada daquela encenação.” O resultado mais justo, em sua opinião, teria sido o empate de 1 a 1.
Gunes, no entanto, está longe de jogar a toalha. O treinador turco lembrou que ainda faltam duas rodadas e que seu time se garante se conquistar os seis pontos. “Não disputamos uma final nesta tarde”, ressalvou. “Ainda dependemos de nossos resultados”, lembrou, ao mesmo tempo em que deu a entender que jogará de forma mais atrevida contra a China e a Costa Rica.