Poucas pessoas vestem tão bem o adjetivo de decisivo como Danilo. Aos 35 anos, a capacidade do veterano meia em definir os jogos grandes parece inesgotável. Mas atribuir a ele apenas o gol seria não enxergar a sua excelência técnica e tática no clássico contra o Palmeiras; com a velha tranquilidade de sempre e enorme categoria, ele ditou o ritmo do time e mais uma vez deixou o gramado como melhor jogador da partida.

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Ter os holofotes apontados em sua direção nos momentos cruciais passa longe de ser uma novidade. Com seus gols e passes, Danilo já implodiu outros rivais ao longo da carreira e neste domingo não foi diferente. Estava no lugar certo e na hora certa quando Petros roubou a bola de Victor Hugo. Ao recebê-la com o gol vazio, a imagem da TV ainda flagrou um sorriso que antecipou a explosão alvinegra na arquibancada enquanto ele decretava o resultado final.

“Tenho que agradecer a Deus. Venho esperando uma oportunidade há algum tempo e nada como um jogo desse porte para entrar; um jogo grande, daqueles que gostam de jogar. Fui feliz de novo”, disse o meia, repetindo um discurso que é quase sempre ouvido quando se trata de jogos de peso.

Importante figura na primeira passagem de Tite, Danilo hoje já não tem mais o protagonismo e é apenas opção a nomes como Jadson, Renato Augusto e Petros. O treinador, inclusive, preferiu não atribuir o mérito da jogada ao camisa 20. “Não posso tirar nenhum mérito do Danilo, que estava lá na hora certa, mas a jogada decorreu da marcação pressão feita pelo Petros, que roubou a bola e o serviu. Ele recebeu um presente; é claro que tem o mérito de estar lá, mas ele recebeu um docinho e ficou fácil (risos)”.

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Enquanto procura mais espaço no time, Danilo vai ficando cada vez mais marcado como um jogador de decisão. E, se puder ajudar como fez neste domingo, certamente não há corintiano que vá reclamar. “Minha história sempre foi assim no Corinthians, espero continuar”.