O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira o nome do general Fernando Azevedo e Silva para presidir a Autoridade Pública Olímpica (APO). Em votação secreta, ele recebeu 46 votos a favor e sete contra, com nenhuma abstenção. A indicação dele, feita pela presidente Dilma Rousseff, havia sido aprovada no dia anterior pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa.
A APO é um consórcio público formado pelo governo federal, pelo governo do Rio e pela prefeitura da capital fluminense. E tem por objetivo coordenar a participação dessas três esferas federativas na preparação e realização dos Jogos Olímpicos de 2016.
Fernando Azevedo e Silva é general de divisão do Exército e presidiu uma comissão responsável pela preparação e execução da quinta edição dos Jogos Mundiais Militares, realizada no Rio em 2011. Ele vai substituir Márcio Fortes, ex-ministro das Cidades, que renunciou à presidência da APO em agosto.
Na sabatina por que passou na terça-feira na CAE do Senado, o general disse que havia chegado o “momento crucial” da Olimpíada do Rio, quando se está a dois anos do evento, marcado para agosto de 2016. Ele disse que está sendo usado o legado dos Jogos Pan-Americanos de 2007 e dos Jogos Mundiais Militares para a Olimpíada.
Ainda segundo ele, o legado da Olimpíada é “muito abrangente”, com intervenções urbanísticas, na infraestrutura e na área social. Ele destacou também a importância do legado não tangível, com a mobilização dos brasileiros em relação à competição.
O general admitiu que há um atraso na construção do Complexo Esportivo de Deodoro, local que foi transferido do governo federal para a prefeitura do Rio e que abrigará nove modalidades esportivas na Olimpíada. Mas disse que as obras ficarão prontas a tempo. “Está tudo no caminho certo”, frisou.