O ministério dos Esportes da África do Sul afirmou nesta quinta-feira que a sul-africana Caster Semenya, atual campeã mundial dos 800 metros, ficará com a medalha de ouro conquistada no Mundial de Atletismo, em agosto, em Berlim.

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A atleta virou o centro de uma grande polêmica ao ter a sua sexualidade colocada em dúvida durante o Mundial, fato que motivou uma investigação por parte da Iaaf, entidade que dirige o atletismo mundial, que submeteu a sul-africana a testes de gênero. As suspeitas recaíram sobre ela devido à sua constituição física e à rápida evolução de seus tempos.

O ministério dos Esportes da África do Sul também garantiu que os testes serão mantidos em segredo, assim como assegurou que o prêmio em dinheiro recebido por Semenya pela conquista no Mundial não precisará ser devolvido. “Não haverá anúncio público sobre o que os cientistas encontraram (nos testes de gênero). Instamos todos os sul-africanos e outras pessoas a respeitarem a forma ética profissional e moral de fazer as coisas”, afirmou o ministério sul-africano em um comunicado.

Depois do Mundial de Atletismo, quando a Iaaf admitiu que havia feito testes na atleta, a imprensa australiana publicou que os resultados mostraram que Semenya, de 18 anos, seria hermafrodita – teria órgãos sexuais masculino e feminino. A informação não foi confirmada pela Iaaf, que se pronunciou oficialmente sobre o caso na última quarta-feira, informando que o resultado dos testes de feminilidade realizados pela corredora foram adiados.

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A previsão inicial era de que os resultados fossem discutidos na reunião do Conselho da Iaaf, que será realizada na próxima sexta-feira e no sábado, em Montecarlo. Porém, segundo a entidade, os testes ainda não estão completos e não há previsão de quando serão anunciados os seus resultados.