Sem vários titulares, Vadão começa o mistério

O Atlético irá lançar mão de uma velha arma do futebol para tentar bater o maior rival no clássico de sábado: o mistério. Sem a presença de quatro jogadores titulares e um reserva imediato, o técnico Osvaldo Alvarez terá que quebrar a cabeça para montar o setor de criatividade e o ataque de sua equipe e ainda tentar enganar o adversário na partida de sábado. Para tanto, treinos secretos e mudanças na escalação de última hora deverão estar em alta nesta semana de treinamentos no CT do Caju.

Ao contrário de rodadas anteriores, onde divulgava a escalação com antecedência, o treinador atleticano vai radicalizar esta semana. Na coletiva após a partida de domingo, Vadão nem quis falar a respeito do clássico. “Vamos saborear a vitória e Atletiba a partir de terça-feira”, disse. Até pelas ausências dos convocados para a seleção brasileira (os meias Kléberson e Adriano e o atacante Ilan), dos que estão servindo a seleção sub-20 (os laterais André Luís e Jean e o atacante Fernandinho), e da suspensão de Dagoberto, Vadão deverá revelar os 11 que subirão para o gramado do Couto Pereira apenas momentos antes da partida.

Hoje, a tendência é de que os jogadores trabalhem mais fisicamente do que técnica e taticamente. Mas, até sexta-feira, pelo menos dois trabalhos deverão ser fechados à imprensa. Para pessoas próximas, Vadão relatou que pretende planejar novas jogadas e embaralhar a cabeça de Paulo Bonamigo, técnico coxa, para não dar o serviço de mão beijada. Devido as opções que tem no elenco, o treinador atleticano deverá testar várias formações e poderá até arriscar uma mudança para o esquema 3-5-2.

Com isso, apesar de ter a defesa e o sistema de marcação titular, o zagueiro Ígor poderá ganhar uma oportunidade num eventual sistema com três zagueiros. Se não quiser mudar a estrutura do time, Vadão tem Rodriguinho, Fabrício, Jádson e até o volante Isaías para duas vagas abertas na meia-cancha. No ataque, as opções imediatas são Selmir e Ricardinho, apesar de Lê, Jadílson, Paulo Santos e Lobatón correrem por fora para ganharem uma camisa de titular.

Parceria

O Atlético formalizou ontem uma parceria com a Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) de Curitiba para revelar jogadores de futebol de campo vindos das quadras da entidade. O protocolo assinado vai abranger todas as categorias de futsal dos seis aos 17 anos e poderá abranger as demais unidades da associação no estado do Paraná.

Sicupira dá as cartas na base

Uma homenagem para o maior artilheiro da história do Atlético. Mas, com muito trabalho. Assim será a nova rotina do craque da 8, Barcímio Sicupira Jr., que a partir de agora será o coordenador de todas as categorias de base do clube. No mesmo momento em que assina uma parceria com a Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) (veja na página 15), a direção do Furacão resolveu chamar de volta o ídolo à casa e usar seu exemplo de profissionalismo e amor às cores rubro-negras de espelho das novas gerações e futuros jogadores de sua equipe principal.

“Vocês querem me matar! Sinceramente, não esperava, mas se me perguntassem se eu queria, eu diria que sempre quis”, disse o ex-jogador e comentarista da Rádio Banda B. Emocionado com a homenagem, Sicupira foi pego de surpresa com a lembrança e saudado por toda sua família, especialmente convidada para a cerimônia de ontem à noite na Arena. “O Atlético sempre fez parte da minha vida. Eu sempre digo e nunca escondi que torço para o Atlético e isso não impede que eu seja imparcial”, declarou.

Num mundo em que ídolos são pouco valorizados, Sicupira retorna ao seu cenário mais natural e para servir mais uma vez seu clube do coração. “Foram oito anos da vida e isso não passa de repente, isso marca e marca bastante. Hoje, eu estou feliz, muito feliz. E, em respeito ao Atlético, eu estou realizado.” Coincidentemente, o próprio craque da 8 (com 153 gols pelo Rubro-Negro) já tinha apresentado um projeto de revelação de jogadores há 25 anos. Ontem, concretizou o sonho.

Para o presidente Mário Celso Petraglia, o clube precisava de uma marca, de um referencial para as novas parcerias e para o projeto de modernização do clube, implantado em 1995. E essa necessidade acabou se traduzindo em Sicupira. “Nós precisávamos de um exemplo para o nosso projeto, exemplo de homem, de atleta, de talento e nós queremos cada vez mais que a nossa filosofia seja ratificada”, destacou. Segundo ele, o maior artilheiro do clube em todos os tempos reuniu os pré-requisitos necessários para ser o representante que o clube tanto precisava. “Para vivenciar, para retratar, para liderar a partir de hoje, nós temos um referencial que o clube foi buscar em sua história, o nosso querido Barcímio Sicupira”, finalizou o dirigente.

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