A maior torcida organizada do São Paulo ainda não sabe como voltará do Itaquerão após o clássico contra o Corinthians, nesta quarta-feira, e ameaça fazer a pé o trajeto entre a Zona Leste e o centro da cidade, onde fica a sede da torcida. A torcida cobra da Secretaria de Transportes opções de transporte público depois da partida. Segundo os torcedores, o órgão ainda não se pronunciou.

continua após a publicidade

O presidente Carlos Miguel Aidar se posicionou ao lado dos torcedores. “Falei com a Secretaria de Segurança, procuradores, com o secretário adjunto, mas não consegui sensibilizá-lo. Eles (autoridades) estão irredutíveis. Ouvi deles que a solução era muito simples: ‘Fala pra irem (os torcedores) de ônibus, que damos cobertura'”.

Aidar mostrou preocupação caso os são-paulinos tenham mesmo de voltar a pé. “Pode ter bomba, pode ter morte, risco de emboscada. Essas atitudes só fomentam a rivalidade, violência. Fico muito preocupado com o descaso do poder público, que depois fica pregando torcida única. A torcida do São Paulo ficará ao Deus dará”, declarou o presidente.

Antes da partida, a torcida será escoltada de sua sede, na rua 24 de Maio, no centro de São Paulo, até a estação da Luz. De lá, os torcedores vão pegar um trem convencional, por volta das 19h30, até a estação Dom Bosco da CPTM. Eles descerão e serão novamente escoltados até o estádio.

continua após a publicidade

O problema é a volta. O esquema de segurança definido pela PM prevê que a torcida do São Paulo ficará pelo menos uma hora dentro do estádio após o término da partida, o que significaria, a grosso modo, uma hora da manhã. Isso inviabilizaria o uso do transporte coletivo: as catracas do funcionam até 0h30 e a entrada para os trens da CPTM fechará à meia-noite. Por isso, a torcida protocolou um ofício à Secretaria Estadual de Transportes requerendo uma alternativa para o retorno.