O Atlético inicia hoje, às 22h, contra o Corinthians, no estádio Canindé, uma nova história. Embora o enredo seja semelhante ao do Brasileirão do ano passado, a versão 2014 tem personagens diferentes. Contudo, os torcedores esperam um final feliz no mínimo igual ao filme antecessor. A recente saída de Miguel Ángel Portugal do comando rubro-negro (pediu demissão na segunda-feira) pôs mais ação no dia a dia do CT do Caju e promoveu o auxiliar técnico Leandro Ávila ao posto de ‘revelação’ e candidato a protagonista. Mas, independente do resultado, ele deverá ser apenas um coadjuvante neste processo.
A diretoria atleticana, orientada pelo Departamento de Inteligência do Futebol, esta procurando um novo treinador. Contudo, diante das dificuldades financeiras (o próprio presidente Mário Celso Petraglia admitiu que as contas estão apertadas) a busca deve ser bastante criteriosa. Acima de qualquer especulação, o clube tenta blindar o elenco neste momento e foca todo o trabalho na partida contra o Corinthians e na missão de Leandro Ávila.
Com pouco experiência à beira do gramado, o interino se apoia nas experiências que teve no exterior (Torreense, de Portugal) e CFZ-RJ para comandar o Rubro-Negro. O estilo ‘boleirão’ de Ávila deve ajudar na condução do seu trabalho. Entrosamento com o grupo não vai faltar. “Houve essa troca de energia legal com o grupo. Procurei sempre ver o lado deles e fazer a ponte com o treinador, vendo o interesse de todos e para deixar o clima bom”, disse, em entrevista do globoesporte.com. Para o interino, se o time mudar um pouco a atitude, pode conseguir bons resultados nessa retomada de trabalhos. “Não vamos inventar nada, mudar muita coisa. O torcedor pode esperar muito empenho dos jogadores”.
O Furacão deve ser praticamente o mesmo do que vinha sendo utilizado por Miguel Ángel. Durante o treino de ontem, Otávio foi a novidade no lugar de Natanael, que retorna à lateral-esquerda. Em relação ao jogo passado, Lucas Olaza deixa o time. Marcelo, poupado por fadiga muscular, viajou com o grupo, mas ainda é dúvida. Se não tiver condições de jogo, Bady deve ser o escolhido para atuar ao lado de Marcos Guilherme no setor de
meio-campo.
Com seu estilo paizão (que bate, mas assopra), Ávila acredita na sintonia que tem com o grupo atleticano. “Tem que ser parceiro do jogador, mas ao mesmo tempo cobrar. Os jogadores sabem que numa equipe grande eles têm que ser cobrados”, afirmou. O comandante interino do Atlético prefere manter uma base tática que vinha sendo utilizada pelo treinador anterior para evitar mudanças bruscas. A meta também se mantém. “A gente pretende somar o máximo de pontos. O início é difícil, mas a ideia é chegar até a parada da Copa entre os oito melhores”, concluiu.
