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Sem renovação de patrocínio, time do Brasil na Davis joga sem apoio dos Correios

A equipe do Brasil na Copa Davis entrará em quadra nesta sexta-feira sem o já tradicional apoio dos Correios. A empresa estatal não renovou o contrato de patrocínio, finalizado em novembro do ano passado, com a Confederação Brasileira de Tênis (CBT), que deve enfrentar dificuldades para fechar as contas nos próximos meses.

Com o fim do vínculo, a empresa não estampará sua marca no uniforme dos tenistas do País no confronto com a Bélgica nesta sexta e sábado, no Ginásio do Sabiazinho, em Uberlândia (MG). No duelo, que valerá vaga na fase final da reformulada Copa Davis, também não haverá placas de patrocínio dos Correios.

O futuro da parceria, iniciada no meio de 2008, é uma incógnita. A CBT ainda tenta uma possível renovação de contrato com a estatal, o que parece improvável. Em contato com a reportagem do Estado, a assessoria dos Correios afirma não ter qualquer informação sobre uma eventual negociação com a entidade que comanda o tênis no País. A estatal passou a contar com nova gestão, sob a presidência do general Juarez Aparecido de Paula Cunha, em novembro de 2018, ainda no governo de Michel Temer.

O atual contrato entre CBT e Correios teve início no começo de 2017 e tinha duração de dois anos. Na época, a entidade esportiva já havia sofrido dura queda nos valores recebidos, com um tombo de 78%. As cifras, que chegaram a R$ 9 milhões em 2016, ano da Olimpíada do Rio de Janeiro, caíram para R$ 2 milhões anuais.

A redução no valor do patrocínio, na época, obrigou a CBT a fazer demissões em seu quadro de funcionários. Além disso, tenistas, como Thomaz Bellucci, Bruno Soares e Marcelo Melo, perderam bolsas individuais de patrocínio da estatal. Para conter gastos, o presidente Rafael Westrupp transferiu a sede de São Paulo para Florianópolis. A CBT passou a funcionar no prédio da Federação Catarinense de Tênis, já presidida pelo próprio Westrupp.

Sem o apoio dos Correios, que era o principal patrocinador da entidade esportiva, a CBT conta agora como maior fonte de recursos o repasse de cerca de R$ 2,3 milhões anuais do Comitê Olímpico do Brasil (COB), através da Lei Agnelo/Piva. A CBT tem ainda os patrocínios da Peugeot, Wilson, Companion e Quicksand.

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