Sem reforços, Muricy promete ‘premiar’ base do Santos

Último dos grandes clubes do futebol brasileiro a contratar para a temporada 2012, o Santos corre para reforçar a equipe que foi vice-campeã mundial no ano passado. O lateral-esquerdo Juan, do São Paulo deve ser o segundo jogador a acertar com os santistas. Na quarta, o clube anunciou a chegada do lateral-direito uruguaio Fucile, vindo do Porto.

Nesta sexta-feira, Juan sequer treinou com o elenco do São Paulo. As diretorias de Santos e São Paulo já entraram em acordo por um empréstimo de um ano e agora basta os santistas acertar os salários com o atleta para anunciá-lo oficialmente.

Em entrevista à Rádio Estadão/ESPN, o vice-presidente de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes, falou sobre o acordo. “O São Paulo e o Santos se entenderam e agora só resta o entendimento do atleta e do próprio Santos. O Adalberto (Baptista, diretor de futebol do São Paulo) conversou com ele (Juan) e me parece que as coisas estão bastante tranquilas”, afirmou.

Outro acerto que parecia certo, a contratação com Alex Silva ficou mais distante. O que acabou atrapalhando o andamento das negociações foi a alta pedida salarial do atleta, que atualmente ganha cerca de R$ 310 mil no Flamengo, muito acima do teto santista. “O Alex Silva é um jogador caro, então é complicado trazer”, disse Muricy, que havia pedido a contratação do atleta, com o qual trabalhou no São Paulo.

Após investir algo em alguns atletas durante o ano passado, como Henrique e Ibson, por exemplo, a diretoria do Santos colocou o “pé no freio” e analisa com muito rigor qualquer investimento. Por isso, as atenções se voltam às categorias de base, de onde podem brotar outras joias.

Muricy acompanhou a Copa São Paulo e deve aproveitar dois garotos que estavam na equipe, eliminada nas oitavas de final. “Observei a Copinha, e tivemos destaques. Existe uma burocracia com relação as férias dos meninos, mas estou querendo premiá-los”, contou o técnico, fazendo questão de rechaçar o rótulo de não dar a devida atenção à base.

Ele também aproveitou para dar uma “cutucada” nos dirigentes brasileiros. “Lá na Europa é outra cultura, outra estrutura. Eles têm paciência para formar um atleta. Aqui a coisa é difícil, sem planejamento. Muitas vezes lançamos porque dirigente pedem, outros por causa da imprensa, mas são muitos os que ficam pelo caminho. Futebol é moda, o time que ganha dita moda”, concluiu.

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