A pouco mais de duas semanas para o início da Série C do Campeonato Brasileiro, a Portuguesa começou a preparação para a competição com o pé esquerdo. Após se reapresentarem na segunda-feira, na manhã desta quarta os jogadores se recusaram a treinar como forma de protesto por dois meses de salários atrasados.
A tendência é que os atletas não retornem às atividades até que tenham uma posição da nova diretoria em relação à dívida. O clube passa, mais uma vez, por um período de transição. Candidato único, o advogado José Luiz Ferreira de Almeida foi eleito presidente temporário até que seja feita uma nova eleição em dezembro.
O mandato do novo presidente começou nesta segunda-feira e a cúpula administrativa ainda está em formação. A expectativa, no momento, é pela definição do vice de futebol. Zé Luiz já teria conversado pela primeira vez com os jogadores na segunda-feira, mas o conteúdo do que foi dito não teria sido convincente em relação à perspectiva de mudanças na maneira de administrar a instituição.
Em crise financeira declarada, a Portuguesa ainda não apresentou reforços para a disputa da Série C e já não conta com alguns atletas que disputaram a Série A2 do Campeonato Paulista. O zagueiro Rafael Zuchi vai disputar a Série B pelo Sampaio Corrêa, enquanto o meia Natan reforçará o Fortaleza, que está na mesma divisão. Os atacantes Guilherme Schetinne e Dominic devem retornar ao Atlético-PR, clube pelo qual estavam emprestados ao time paulista.
Em meio a esta indefinição, a Portuguesa volta a campo na quarta-feira, dia 11, para enfrentar o Vitória, às 21h45, no Canindé, pelo jogo de ida da segunda fase da Copa do Brasil.