Sem mudança no Campeonato Paranaense de 2008

O Campeonato Paranaense de 2008 deve mesmo mudar de cara. E continuar inchado por mais dois anos. O pleno do Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paranaense de Futebol (TJD-PR) confirmou o mandado de garantia em favor de Atlético e Engenheiro Beltrão, o que obriga a FPF a manter a fórmula da última edição.

No regulamento original proposto pela federação e aprovado em arbitral pelos clubes, quatro equipes cairiam para a Divisão de Acesso em 2008 e só duas subiriam.

O mesmo sistema seria repetido em 2009, o que reduziria o número de participantes do torneio para 12 daqui a três anos. O regulamento também previa um formato semelhante ao de pontos corridos – a diferença é que apenas os oito melhores do 1.º turno participariam do 2.º.

Atlético e Engenheiro entraram com o mandado, alegando que a mudança feria o Estatuto do Torcedor. O artigo 9.º da lei só permite mudanças no regulamento das competições após dois anos seguidos com o mesmo sistema. Como a fórmula do Estadual foi alterada em 2007, outra mudança só poderia ser aprovada no torneio de 2009.

O mandado, que já havia sido concedido em forma de liminar, ontem, foi confirmado pelo tribunal pleno.

A FPF ainda pode recorrer no STJD, mas o recém-empossado presidente Aluízio Ferreira não deve criar caso e mostrou-se inclinado a acatar a decisão. Ele deve convocar novo arbitral apenas para referendar a nova fórmula, idêntica à de 2007 – turno único, com dois quadrangulares na 2.ª fase e mata-mata a partir da semifinal, além do rebaixamento de apenas dois times.

Real Brasil volta à elite do Estadual

Sai o Foz, volta o Real Brasil. O pleno do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR) mudou a decisão anterior e reconduziu ontem o time do empresário Aurélio Almeida à elite do Campeonato Estadual.

Na semana passada, a 1.ª Comissão Disciplinar do TJD havia tirado 6 pontos do Real Brasil, acusado de escalar irregularmente na Divisão de Acesso o jogador Rodrigo Silva. A decisão dava ao Auritânia/Foz o vice-campeonato e, conseqüentemente, vagas na elite do Estado em 2008 e na atual edição da Copa Paraná.

O lobby em favor do Foz foi intenso e envolveu representantes políticos da região – os deputados estaduais Dobrandino Silva, Reni Pereira e Chico Noroeste assistiram ao julgamento no TJD. Mas pouco adiantou: por unanimidade, o pleno absolveu o Real e o manteve na 2.ª colocação da Divisão de Acesso.

Na defesa, o Real argumentou que a publicação dos nomes dos jogadores do Boletim Informativo Diário (BID) não era necessário em competições organizadas pelas federações. ?É caso idêntico ao do Paulo Massaro, que causou punição ao Rio Branco na Copa do Brasil e absolvição no Estadual?, disse o defensor do Real, Domingos Moro, lembrando o episódio julgado na última edição do Paranaense. O Foz promete recorrer ao STJD.

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