Sem medo, Soubak escolhe grupo com bicampeã olímpica para Brasil no handebol

O handebol tem um formato peculiar de sorteio nos Jogos Olímpicos. Depois de os grupos serem formados, o dono da casa tem o direito de escolher em qual das duas chaves quer entrar. Em busca de uma inédita medalha olímpica, o técnico da seleção brasileira feminina não teve dúvidas. Escolheu o grupo que contém a bicampeã olímpica Noruega, todos os demais times que foram ao pódio em Londres-2012 e a Romênia, algoz do Brasil nas oitavas de final do Mundial de dezembro do ano passado.

A modalidade promete ser a com disputa mais parelha pelo pódio, uma vez que 10 dos 12 times têm condições reais de chegar à final. As exceções são Angola e Argentina, que ficaram respectivamente no Grupo A (do Brasil) e no B. De resto, são oito europeus, a Coreia do Sul (medalhista em seis das oito edições olímpicas do handebol feminino) e o Brasil.

Soubak escolheu que a seleção brasileira, campeã mundial em 2013, ficasse na chave que já tinha Noruega (bicampeã olímpica e atual campeã mundial), Romênia (algoz do Brasil no Mundial de 2015, quando foi bronze), Montenegro (prata em Londres-2012) e Espanha (vice-campeã europeia em 2014 e bronze em Londres-2012).

Dessas cinco potências, uma sequer vai passar às quartas de final. O Grupo B também tem cinco concorrentes por quatro vagas: Holanda (vice campeã mundial em 2015), Rússia (tri mundial de 2005 a 2009), Suécia (bronze no Europeu de 2014), França (prata nos Mundiais de 2009 e 2011) e Coreia do Sul, além da azarã Argentina.

MASCULINO – Já o técnico Jordi Ribera foi pelo caminho oposto, uma vez que entre os homens o Brasil não está entre os candidatos ao pódio e deve brigar para chegar às quartas de final. O treinador evitou o Grupo A, com França e Catar, e foi para o Grupo B.

Assim, o Brasil vai jogar diante de Polônia (bronze no Mundial de 2015), Eslovênia (quarta colocada no Mundial de 2013), Suécia (prata em Londres-2012 e em outras três edições dos Jogos), Alemanha (campeã europeia em janeiro) e Egito.

A tendência é que o Brasil vença os africanos (que brigaram do 14.º ao 17.º lugar nos últimos sete Mundiais) e tente a vaga nas quartas de final com um triunfo sobre um europeu, algo raro na história do handebol brasileiro. O Grupo A terá França (bicampeã olímpica e campeã mundial), Catar (vice no último Mundial), Croácia (algoz do Brasil no Mundial de 2015), Dinamarca, Argentina e Tunísia.

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