Sem entrar em campo, o Paraná Clube perdeu uma posição na classificação geral após o término da 39.ª rodada do Brasileirão. Rodada, no entanto, altamente positiva para o Tricolor. Só não foi perfeita porque o Botafogo ganhou de virada do Cruzeiro, resultado que empurrou o time de Paulo Campos novamente à 22.ª colocação. Todos os outros concorrentes diretos tropeçaram, resultando na “conquista” de 17 pontos nesta luta contra o rebaixamento.

Enquanto Grêmio, Flamengo e Vitória foram derrotados, Guarani e Paysandu não venceram jogando em casa. Para completar, Atlético Mineiro e Criciúma empataram entre si, no único confronto direto da rodada entre clubes ameaçados pelo descenso. Com um jogo a menos que estes clubes enfrentará no dia 10 de novembro o São Caetano, o Paraná só precisa de uma vitória para sair da zona de rebaixamento. Mesmo sendo uma partida frente ao eficiente São Caetano (58,56% de aproveitamento), é um trunfo para o Tricolor, que antes recebe o desesperado Grêmio, no próximo sábado, no Pinheirão.

Desta vez, o Paraná não terá a vantagem de conhecer os resultados da rodada. Situação que, na avaliação de Paulo Campos, atrapalhou o rendimento do time há três rodadas. À época, vencendo o Corinthians, estaria fora da zona do rebaixamento. O que se viu foi um time mais tenso e desatento que na média dos últimos jogos. O resultado final (2×1 para o Timão) foi reflexo desse nervosismo. Agora, a oportunidade de sair das quatro últimas posições onde o time se encontra há quase três meses é outra vez real.

O primeiro passo, obviamente, é fazer a lição de casa. Caso vença o Grêmio, chegaria aos 44 pontos, com 12 vitórias. Torce, então, por dois entre quatro resultados: uma derrota do Vitória para o Juventude (em Salvador), para que Botafogo e Atlético Mineiro não vençam São Paulo (no Morumbi) e Goiás (no Serra Dourada), respectivamente. Ou ainda que o Flamengo não supere o Guarani, no Maracanã, em mais um confronto direto entre a turma do rebaixamento. Outros resultados interessantes e nada absurdos seriam as derrotas de Paysandu e Criciúma para Palmeiras e Santos.

Um resultado positivo frente aos gaúchos, representaria uma vantagem de nove pontos sobre o Grêmio, que assim estaria praticamente fora do páreo. Na seqüência, o Paraná faz dois jogos fora, contra São Caetano e Paysandu, mas depois atua por duas vezes em casa, contra Atlético Mineiro e Goiás. Nas três últimas rodadas, pega Criciúma (F), Fluminense (C) e Internacional (F).

Elenco completo para a reta final

A crítica – de uma forma geral – ainda questiona a qualidade do elenco paranista. Afinal, o clube está há dezoito rodadas entre os quatro últimos do Brasileirão. E isso, com um aproveitamento acima da média da competição desde o retorno de Paulo Campos ao comando técnico do Tricolor, há onze jogos (o rendimento é de 54,55%). O treinador não concorda que esteja “tirando leite de pedra” e aposta num crescimento significativo nesta reta final, em busca da permanência na Série A do futebol brasileiro.

Além de um time ajustado, Paulo Campos destaca opções interessantes que ele passa a contar a partir do próximo fim de semana. Com a volta de Canindé – recuperado de uma entorse de tornozelo – o técnico já começa a fazer mágica (como ele próprio comenta) para definir o setor de criação. Tudo porque Marcelo Passos foi um dos destaques do time na vitória (2×1) sobre o Figueirense. Com assistências precisas e boa movimentação, o meia de 33 anos mostrou estar na briga por uma vaga entre os titulares.

O que pode pesar nessa decisão é o fato de Marcelo Passos ainda não ter atingido o ápice físico. Isso resultou uma queda de rendimento na fase final, que determinou sua saída aos 20 minutos. “Quero todo o grupo à disposição. Ainda mais agora, que o funil começa a se fechar e teremos alguns problemas com suspensões por cartão amarelo”, lembrou Campos. Isso já ocorrerá no sábado, frente ao Grêmio, quando o técnico não poderá contar com os dois alas titulares. Etto e Edinho, suspensos, dão lugar a João Paulo e Vicente. “Temos carências, é evidente, mas o grupo tem qualidade e vamos sair dessa”, avisa Paulo Campos.

Além de Canindé, a comissão técnica já passa a contar com outros jogadores importantes, principalmente no setor ofensivo.

Maranhão, recuperado de lesão que o tirou dos últimos dois jogos, é opção para dar velocidade ao time. Isso sem contar Sinval e Marquinhos, que também podem ser utilizados nas próximas rodadas.

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