O Paraná Clube inicia nesta quarta-feira uma “corrida de recuperação” no campeonato brasileiro da Série A. Com somente três pontos em três jogos – aproveitamento de 33,3% – o tricolor caiu do bloco intermediário para as últimas colocações por ter “folgado” em duas rodadas consecutivas. O técnico Otacílio Gonçalves encara a situação com naturalidade. “Pelo sistema adotado, outros clubes irão folgar na seqüência. Então, é só trabalhar com tranqüilidade”, ponderou. A comissão técnica testa a possibilidade de armar um time, na essência, mais defensivo para o jogo na Vila Belmiro, frente ao Santos.
A nova estratégia se deve ao perfil do adversário, que foi observado de perto pelo auxiliar-técnico Omar Feitosa. Ele esteve em Santos na última quarta-feira, quando o Peixe goleou o Figueirense por 3×0. “O Leão trabalha muito em função do adversário”, comentou Omar. “Sabendo que o Figueirense utilizaria três zagueiros, ele se armou num 4-3-3 e dominou completamente o jogo.” Para colher um bom resultado fora de casa, o Paraná terá atenção especial no trio ofensivo do adversário, pois Diego, Robinho e Elano fazem a diferença. “Eles são jovens e muito ágeis. A marcação não pode vacilar.”
Essas informações fizeram Otacílio Gonçalves repensar a estrutura de meio-de-campo. A idéia é lançar mão de três volantes, com Sidnei, Goiano e Émerson dando uma proteção mais efetiva à zaga. “Mas, tudo com equilíbrio, sem abdicar do ataque”, comentou o treinador. Para isso, Émerson teria maior liberdade para chegar à frente, utilizando seu bom chute de média e longa distâncias. Essa formação ainda depende da total recuperação de Goiano, que sentiu uma contratura muscular e não treinou nos últimos dias. Para a quarta vaga do meio-de-campo, Otacílio teria três opções: Ronaldo, Alexandre e Tiago.
