Mas já?

Sem estrear no comando do Atlético, Drubscky pode ser rebaixado no clube

Não bastassem todos os problemas que o Atlético enfrenta em campo na disputa da Série B do Brasileiro, como o jejum de vitórias e a ameaça da zona de rebaixamento, a diretoria ainda fornece mais ingredientes para que a crise no Furacão cresça. A lambança mais recente ocorreu ontem, quando o clube abriu negociações para contratar o técnico Jorginho, mas com Ricardo Drubscky ainda empregado e dando treinamento no CT do Caju.

Jorginho, quando soube que o Furacão ainda tinha um comandante para o time principal, encerrou as negociações e chegou a se desculpar com o atual treinador do clube. Ele só admite retomar as conversas depois que a situação com Drubscky for resolvida. As conversas com o substituto foram feitas diretamente pelo presidente Mário Celso Petraglia, com a participação de um advogado de Jorginho. Mesmo com duas horas de conversa não houve acordo.

Segundo Jorginho, o problema maior não é a questão salarial, mas outras situações que precisavam ser resolvidas antes de qualquer definição, como a ética a ser mantida com Ricardo Drubscky, que treinava a equipe no CT do Caju enquanto a diretoria tentava contratar outro treinador. Anderson Lima, auxiliar de Jorginho, acompanhou as negociações e também lamentou o fato de o Atlético começar a conversar com seu colega antes de demitir Drubscky. “São coisas que entristecem quem está no futebol. Mas não vamos fazer nada que não seja leal. As conversas ainda estão acontecendo, mas não fechamos nada. Tem coisas a acertar e veremos o que é melhor para o Atlético e para nós. O Atlético é um grande clube, sabemos disso, mas tem muita coisa a se conversar”, disse Anderson.

Apesar de toda a confusão, a diretoria do Atlético se manteve silenciosa. Nenhum dos dirigentes falou sobre o assunto. A assessoria de imprensa se reservou a dizer que tanto Ricardo como Sandro Orlandelli estavam trabalhando normalmente, que não houve mudança alguma no clube e que tudo não passou de “invenções da imprensa”.

Mas esta não foi a primeira vez que o Atlético age assim com treinadores do clube. No dia 12 de junho, que marcou a saída de Juan Ramón Carrasco, a situação foi semelhante. Carrasco ainda dava treino no CT do Caju no período da manhã e Ricardo Drubscky estava na Arena da Baixada já falando como novo técnico.

No ano passado, Geninho também teve seu cargo negociado antes mesmo de deixar o clube. Substituído por Adilson Batista, ele rompeu os laços com o Atlético.

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