Seleções terão os uniformes mais leves e anatômicos

Nem só de cores e estilo são feitos os uniformes das seleções que vão disputar a Copa do Mundo. Se o torcedor vê diferenças por fora em escudos, faixas, detalhes e números, por dentro os mantos trazem muita tecnologia para propiciar aos atletas uma performance melhor dentro de campo. Para esta edição do Mundial, as marcas buscaram inovações no tipo de material e conseguiram reduzir bastante o peso das camisas. Outro objetivo perseguido foi confeccionar roupas que se ajustassem melhor ao corpo dos jogadores.

Na camisa da seleção brasileira, por exemplo, a americana Nike escaneou o corpo de alguns atletas para detectar quais regiões necessitam de mais ou menos tecido, e foi além: aproveitou os testes dos jogadores em movimento para criar zonas de ventilação no uniforme, permitindo a circulação no corpo para manter o conforto.

LASER – Entre as axilas e o quadril existem pequenos furos cortados a laser, que ajudam na dissipação do calor. Ainda na camisa brasileira, em algumas regiões a trama do tecido é mais aberta ou fechada, dependendo da necessidade de ventilação no local.

Os estudos anatômicos dos jogadores também ajudaram na hora de decidir onde colocar mais resistência ou mais elasticidade no tecido. Foram analisados os locais de tensão no corpo do jogador durante uma partida para definir quais locais deveriam ter os diferentes tipos de tecido, mas sem tirar a mobilidade.

Assim, as regiões do corpo que fazem mais força ganharam um cuidado especial. E isso não somente nas camisas. Nos meiões, foram colocadas zonas de amortecimento no dedão e tornozelo, pontos que são submetidos aos maiores impactos, para oferecer mais proteção.

PESO – A alemã Adidas, por sua vez, conseguiu fazer camisas 40% mais leves do que as que foram elaboradas pela marca há dois anos. Os modelos de Espanha, Alemanha e Argentina, entre outros, pesam 320 gramas, contra 510 gramas da versão anterior. Segundo os executivos da empresa, isso significa um ganho considerável de desempenho em campo.

Um dado curioso é que a criação dos uniformes que serão usados na Copa foi feita com base em entrevistas com crianças e jovens de cada país. O resultado, segundo a Adidas, foi traduzido na nova coleção. Já os calções contam com um novo tecido que permite melhor ventilação.

As seleções da Itália, do Uruguai, de Gana e da Costa do Marfim, entre outras patrocinadas pela alemã Puma, terão camisas com uma fita inovadora colocada no interior da peça para oferecer micro massagens na pele.

“A nova tecnologia impulsionará o movimento natural do jogador, otimizando o seu desempenho. Nós criamos um produto que leva tecnologia de compressão e adaptação à pele do atleta, combinando sua aplicação a um produto de performance de uma forma inovadora”, explicou Sebastien Thiney, diretor da empresa.

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