As Escolas Positivo iniciaram em 2005 um projeto de inclusão social através do esporte. O Vôlei Positivo, como é denominado o projeto, tem como um dos objetivos revelar talentos para o esporte brasileiro. E como motivador e coordenador da proposta está Maurício Lima, 37 anos, que tem na bagagem. entre outros títulos o bicampeonato olímpico com a seleção brasileira.
Os treinamentos serão feitos dentro das instalações da própria escola. Para melhor avaliação dos ?astros mirins?, o supervisor de Esportes e Cultura do Positivo, Zair Neto, implantou um modelo de avaliação que é inovador, e a tendência é somar aos outros trabalhos já desenvolvidos. Os atletas serão filmados durante os treinamentos e depois os técnicos farão uma avaliação minuciosa para melhor orientar os garotos. Em novembro ocorreu uma seletiva para o projeto. Para Zair Neto, os aprovados terão uma gratificação. ?Mais de 250 garotos fizeram esse teste. Já selecionamos 10 deles e estamos conversando para que venham jogar pelo Positivo?, disse. Esses alunos irão ganhar uma bolsa integral para estudar no colégio.
Maurício Lima mora em Campinas, São Paulo, mas devido ao projeto passa uma semana por mês em Curitiba. Ele conversou com a Tribuna e explica mais sobre o Vôlei Positivo e sobre os encantos do voleibol.
Tribuna: Como começou esse projeto?
Maurício Lima: Logo depois que parei de jogar, em 2005, o Zair Neto me convidou para ser um dos coordenadores do projeto. Aceitei porque a proposta é muito boa. O esporte em geral está em segundo plano nas escolas. Resgatar o esporte no colégio é fundamental. Os benefícios de se praticar qualquer tipo de atividade física é muito importante para o desenvolvimento da criança e do adolescente. Em três anos, mais de 300 crianças já trabalharam conosco.
Tribuna: Qual é o principal objetivo do Vôlei Positivo?
Maurício: Além de formar atletas preparados, há uma causa social, a de aliar esporte e educação. Todas as classes podem participar. É uma oportunidade para os menos favorecidos. Funciona como uma inclusão social.
Tribuna: Como é feita a avaliação dos garotos? Como saber se tem futuro ou não?
Maurício: Isso é relativo. Claro que pela nossa experiência dá para ter uma noção. Mas pra saber com clareza só através dos treinamentos. Recentemente vieram mais técnicos para nos ajudar. Isso facilita bastante. Agora podemos avaliar melhor os atletas e extrair o máximo de cada um. A determinação é fundamental. É preciso que se tenha um objetivo para vencer no esporte, assim como na vida.
Tribuna: Você atuou por 18 anos na seleção como levantador e conquistou diversos títulos. O quanto o Brasil perde com a saída do Ricardinho (levantador) do time?
Maurício: O Ricardo é um grande levantador, um dos melhores do mundo. Mas o Brasil está bem servido. O Marcelinho vem aproveitando a chance e tem o Bruninho (filho do Bernardinho). Acho que não perde muito não. Tem que continuar com a mesma pegada para chegar forte nas Olimpíadas do ano que vem.
Resultados significativos e vitrine nacional
Redação e assessoria
Atualmente, 140 atletas participam do projeto. Em apenas dois anos, já integraram as equipes cerca de 300 estudantes, que, além de desfrutarem dos benefícios que o esporte proporciona, como a integração e a inclusão social, também colecionam grandes resultados em campeonatos estaduais e nacionais.
Entre os destaques deste ano, as equipes das Escolas Positivo foram campeãs nos Jogos Colegiais do Paraná (masculino), Jogos Municipais de Curitiba (infantil e infanto-juvenil), Campeonato Estadual (masculino e feminino na categoria 92 e masculino na categoria 93), Copa Minas (infantil feminino), entre outros resultados que não somente valorizam os esforços dos times como também promovem grandes talentos no esporte. ?O Projeto Vôlei Positivo serve de ponte para aqueles estudantes que pretendem seguir carreira no esporte?, afirma o professor Zair Cândido Netto, supervisor de Esportes e Cultura das Escolas Positivo, ressaltando que o projeto já colhe bons resultados. ?Três atletas que participam do projeto foram pré-convocados para a Seleção Brasileira Juvenil. Além disso, outros dois foram convidados para integrar equipes profissionais, como o Minas Tênis Clube?, destaca.
Serviço: Mais informações sobre o projeto elo telefone (41) 3335-3535.
