Rio de Janeiro – O pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que a seleção brasileira treine na República Dominicana antes de enfrentar o Haiti, dia 18, em Porto Príncipe, vai ajudar na logística da equipe. Inicialmente, a delegação deveria seguir do Rio para Miami, dois ou três dias antes do amistoso, onde treinaria uma única vez até a viagem à capital do Haiti, na manhã do dia 18. Mas a direção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estava temerosa de que pudesse haver problemas de visto para atletas ou componentes da comissão técnica.
Assim, ao atender a Lula, que vai estar na República Dominicana para a posse do presidente daquele país, a CBF também resolveu um problema: evitar constrangimentos ou até mesmo impedimento legal de ingresso nos Estados Unidos de um ou outro atleta ou de alguém do staff da delegação.
A dúvida agora passou a ser de que forma a seleção vai seguir do aeroporto de Porto Príncipe para o estádio. Os haitianos querem que o percurso seja feito de carro, para que os ídolos brasileiros sejam saudados nas ruas. Há, porém, a hipótese de que um helicóptero leve os atletas.
O chefe da segurança da CBF, coronel Castelo Branco, está na capital do Haiti e deve enviar até o fim de semana um relatório para a diretoria da entidade. De acordo com esse documento, a CBF decidirá o meio de transporte da seleção em Porto Príncipe.
Para o jornalista haitiano Pierre Rigaud, um dos organizadores do evento, haveria uma frustração muito grande de seus conterrâneos se a seleção brasileira chegasse ao estádio de helicóptero. “Nosso povo vai fazer a segurança da seleção. Mas reconheço que existe o risco de, no mínimo, ocorrer um grande atraso no jogo se a opção for por via terrestre.”
O técnico Carlos Alberto Parreira convocou os principais jogadores brasileiros e pretende fazer dessa partida um preparativo para enfrentar a Bolívia, pelas eliminatórias da Copa do Mundo.