Como não poderia deixar de ser, Diego Maradona comentou a humilhante derrota por 7 a 1 da seleção brasileira para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo. Para o craque do Mundial de 1986, a goleada sofrida pelo Brasil “não se compara” aos 4 a 0 sofridos pela Argentina contra os mesmos alemães nas quartas de final do Mundial de 2010, quando ele era o técnico argentino, e arranhou a imagem dos pentacampeões mundiais.
Maradona diz que já esperava uma seleção alemã superior à brasileira, mas não uma diferença tão grande a ponto de levar o Brasil a sofrer a maior goleada em seus 100 anos de história. O Brasil só havia sido goleado por tamanha diferença de gols pelo Uruguai, no Campeonato Sul-Americano de 1920, quando perdeu por 6 a 0.
“Eu havia dito que a Alemanha era melhor que o Brasil, que não atuou bem desde o começo, mas eu não achava que a Alemanha seria tão devastadora”, afirmou o craque argentino ao programa ‘De Zurda’, da tevê venezuelana Telesur. “A pior consequência para o Brasil é o dano para sua imagem. A Alemanha é forte, mas os jogadores brasileiros simplesmente não entraram em campo”, completou.
Na análise de Maradona, as principais falhas da seleção brasileira se deram no meio-de-campo e na defesa. “O Brasil não parou ninguém no meio campo, e os zagueiros Dante e David Luiz estavam fora de sintonia”, disse.
Técnico da Argentina no Mundial de 2010, Maradona também foi derrotado de forma dura, por 4 a 0, pelos alemães nas quartas de final do torneio daquele ano. O ex-jogador disse que aquela derrota foi “muito diferente”, porque sua equipe causou dificuldades à Alemanha e só sofreu os três últimos gols após a segunda metade da etapa final. Ainda assim, não deixou de exaltar a qualidade dos alemães. “Jogam muito bem e não erram um passe”, avaliou.
Apesar da postura contida durante o programa na tevê, o argentino não deixou de satirizar a derrota histórica do rival. De acordo com o jornal espanhol Marca, Maradona cantava, minutos antes da exibição ir ao ar, a música que se tornou hino da Argentina nesta Copa e começa com a frase “Brasil, diga-me o que sente”, trocando a palavra “sente” por “sete”.