Com a já histórica vitória sobre a Dinamarca, nesta sexta-feira, a seleção brasileira feminina de handebol conseguiu a inédita classificação à decisão do Mundial da modalidade contra a Sérvia, a dona da casa, neste domingo, em Belgrado. A equipe chega à final invicta, com uma campanha irretocável e triunfos sobre adversários considerados grandes potências da modalidade.
Tudo isso mostra o potencial da equipe para a conquista da medalha de ouro inédita. “Estamos imensamente felizes. Mas, acima de tudo, orgulhosos desse jogo e de todo o campeonato. Para nós, já era uma grande coisa estar na semifinal e ainda mais na final. Esse é um grande passo para o handebol brasileiro. É sensacional termos uma equipe brasileira na final do Mundial. Ainda não estou acreditando”, disse o técnico Morten Soubak, visivelmente emocionado.
O dinamarquês, que está à frente da seleção brasileira desde 2009, destacou o grande trabalho em equipe que tem sido feito. “Mais uma vez, dou parabéns para as meninas pela dedicação, disciplina e pelo apoio que dão umas às outras. Hoje (sexta), em alguns momentos não conseguimos fazer gols, mas conseguimos defender. A palavra chave foi se defender. Estamos melhorando muito nesse aspecto nos últimos anos”.
A partir deste sábado, para Morten Soubak, a ordem é pensar na grande final. “Esperamos muita pressão e já vimos isso antes no primeiro jogo contra a Sérvia, quando vencemos durante a primeira fase. Tenho certeza que haverá uma fantástica atmosfera para essa final. Estamos contentes de estar nela. Pela primeira vez na minha vida vi tantos espectadores para um Mundial feminino. É claro que vamos tentar fazer o máximo possível, mas sabemos que o jogo em Nis não foi nada do que esperaremos para o domingo”, finalizou, lembrando que na primeira fase o Brasil passou pela Sérvia por 25 a 23.
A central Ana Paula Rodrigues tem sido uma das jogadoras mais importantes em quadra durante a competição, pois além de armar jogadas, coloca a bola no gol muitas vezes nas partidas, desestabilizando a defesa adversária. Para ela, a união foi o que fez a diferença nesta sexta. “Acho que a união foi muito importante para o nosso trabalho. Sabíamos que hoje (sexta) seria um jogo importante e que iria fazer muita diferença na nossa história. O Brasil não tem tanta tradição no handebol quanto muitos países aqui e tínhamos que conquistar isso pouco a pouco. Fizemos isso desde o começo até o final desse campeonato”.