O ônibus da seleção brasileira deixou a Granja Comary às 13h38 desta sexta-feira, numa despedida melancólica da equipe, depois de 47 dias do início da preparação em Teresópolis, região serrana do Rio, para a disputa da Copa do Mundo.
Cerca de 100 pessoas assistiram à passagem do comboio que escoltava o ônibus até o aeroporto do Galeão, de onde a seleção embarcaria para Brasília, local do jogo deste sábado contra a Holanda, na decisão do terceiro lugar do Mundial.
Neymar estava sentado próximo a uma das janelas do ônibus e retribuiu o aceno dos torcedores. David Luiz fez o mesmo. Alguns atletas, com fones de ouvido, não se manifestaram. Eram poucos os torcedores com cartazes de apoio à seleção. Na verdade, os atos de solidariedade eram mais dirigidos a David Luiz e a Neymar.
O advogado Manoel Marx veio com os filhos da cidade de Ribeirão Pires (SP) e tentava animar os demais. Ajudou a escrever o texto de alguns cartazes com os filhos Caio, 13 anos, e Haydée, 11 anos. “David Luiz, mesmo não indo à final, você pôs um sorriso em meu rosto”, registrava uma das cartolinas que Caio ergueu assim que o ônibus passou.
Poucos torcedores tentaram entoar cânticos de incentivo à equipe. Não conseguiam a adesão dos outros parecia que o público ali cumpria um ritual de despedida, ainda abalado pelo modo como a seleção foi derrotada pela Alemanha (7 a 1) na terça-feira, pela fase semifinal. A exceção ficou por conta de crianças e adolescentes que vestiam a camisa da seleção e gritaram quando o ônibus cruzou o portão da Granja Comary.
“Não vai ser uma derrota que vai apagar o nosso amor pela seleção. Vamos para o hexa em Moscou”, disse Manoel Marx, que vai ver o jogo Brasil x Holanda, neste sábado, na Fan Fest de Copacabana.