Seleção de polo aquático terá técnico campeão olímpico

O polo aquático brasileiro terá o melhor técnico do mundo nos Jogos Olímpicos do Rio/2016. Nesta quarta-feira, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) anunciou que o croata Ratko Rudic, quatro vezes campeão olímpico como treinador, vai comandar a equipe masculina do País pelos próximos três anos.

Rudic, de 65 anos, é uma lenda no polo aquático. Como jogador, foi prata nos Jogos de Moscou/1980 pela antiga Iugoslávia. Depois, na beira da piscina, venceu em Los Angeles/1984, Seul/1988, com a seleção iugoslava, em Barcelona/1992, com a Itália, e novamente em Londres/2012, com a Croácia. Na extensa coleção de conquistas, o bronze de Atlanta/1996, com a Itália, além de cinco medalhas em Mundiais, três delas de ouro.

O treinador chega ao Brasil num convênio entre a CBDA e o Comitê Olímpico Brasileiro (COB). “A gente conseguiu colocá-lo nesse recurso, mesmo não com o polo não sendo modalidade de projeto de medalha. O Marcus Vinícius (Freire, superintendente executivo do COB) deu um presente para a gente”, comemora Ricardo Cabral, gerente de polo aquático da CBDA, lembrando que o polo está entre as modalidades que têm como meta se desenvolver após os Jogos do Rio e que não sonha com medalha.

Apesar da contratação de Rudic – “um técnico AA, do nível do Magnano, da seleção de basquete” -, Mirko Blazevic, sérvio que hoje comanda a seleção brasileira, deve continuar na comissão técnica. A ideia da CBDA é levar uma equipe permanente para jogar a forte Liga Sérvia em 2015/2016, preparando-se para os Jogos do Rio.

A meta da confederação é que o Brasil brigue para chegar às quartas de final na Olimpíada – se o formato não for mudado, são dois grupos de seis, avançando os quatro primeiros. “A tarefa parece simples, mas é muito ousada para o nível do polo internacional. Nossa meta é brigar com EUA, Austrália, Romênia, Alemanha, Grécia…”, explica Cabral.

A ideia também é naturalizar pelo menos três jogadores. Estão na lista o centro (pivô) croata Josip Vrlic, que defende o Fluminense, e o goleiro sérvio Slobodan Soro, ganhador do bronze nas duas últimas Olimpíadas e que agora quer viver no Brasil. “Por vias normais, a naturalização não é tão simples. Se houver interesse do governo federal as coisas podem ser aceleradas. O objetivo é acelerar ao máximo o processo”, conta o dirigente.

O terceiro nome tem mais chances de jogar: é Felipe Perrone, carioca que defendeu a seleção brasileira quando jovem, migrou para a Espanha, e agora pode voltar a jogar pelo Brasil. A CBDA quer ter o time pronto em 2015. “O Pan é competição alvo. Queremos ser medalha de ouro, brigar com o Canadá.”

No feminino, um novo técnico será anunciado até o fim do mês. Será um canadense, que tem tudo acertado com a CBDA, mas promete dar a resposta definitiva na semana que vem. “Ele pediu para não divulgar o nome. É diretor técnico da federação canadense”, explica Cabral. A norte-americana Sandy Nitta, que treinou o time no Mundial, não agradou na função e já foi dispensada.

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