Seleção de handebol viaja para a Europa

São Paulo – A seleção brasileira masculina de handebol embarca hoje para a Alemanha, onde disputa o campeonato mundial da modalidade, a partir do dia 19, com um objetivo principal de aproveitar a competição como preparação de alto nível para os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em julho.

As 24 seleções estão divididas em seis grupos. Os dois melhores de cada chave avançam à segunda fase. E o objetivo do Brasil é exatamente chegar entre os 12 primeiros, um feito inédito. ?Temos time para passar da primeira fase?, diz o técnico espanhol Jordi Ribera, que dirige a seleção brasileira desde o início de 2006.

O Brasil está no ?grupo da morte? do Mundial, ao lado de Alemanha, Polônia e da arqui-rival Argentina. A estréia será contra os donos da casa, uma das seleções favoritos ao título, no dia 19. Na avaliação do treinador, o jogo-chave para decidir o futuro do Brasil na competição é o confronto contra os poloneses.

?A Alemanha é uma das favoritas, e será nossa estréia?, diz Ribera, sobre a provável derrota brasileira. ?Depois, contra a Polônia, é que definimos nosso lugar na chave. Se ganharmos, chegamos mais tranqüilos para enfrentar a Argentina, nossa rival aqui na América Latina?. Para o espanhol, também são favoritos França, Croácia e Espanha, que defende o título.

Antes de estrear no Mundial, o Brasil participa de um torneio amistoso, junto com Espanha, Rússia e Polônia. ?Aí sim vamos poder sentir nosso nível em relação a adversários de peso?, comenta o técnico. Antes de embarcar, a seleção venceu dois amistosos contra a República Dominicana – que não está no Mundial -, por 34×20 e 38×19.

Apesar dos bons resultados nas duas últimas edições do Pan (ouro em Santo Domingo-2003 e prata em Winnipeg-99), o Brasil nunca foi bem em Mundiais. Desde 1993, a seleção teve como melhor resultado um 16.º lugar em 1999.

Jordi Ribera, porém, diz que não se sente pressionado por conseguir um resultado melhor. ?Conseguimos evoluir nesse período, mas o Brasil ainda está muito longe do handebol que se pratica na Europa?, constata. ?Sobretudo porque lá há mais campeonatos, mais jogadores, mais investimento, e isso resulta num nível melhor?.

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