Luiz Felipe Scolari vai aproveitar os poucos treinos e os dois amistosos da seleção
brasileira, contra Inglaterra e França, para dar pelo menos um mínimo de entrosamento ao time até a estreia da Copa das Confederações. Enquanto isso, outro integrante da comissão técnica terá de se desdobrar para tentar deixar todos os jogadores equilibrados no aspecto físico: o preparador Paulo Paixão. Ele receberá alguns atletas em meio de temporada, outros no fim e ainda alguns que estão retornando de lesões recentes.
Paixão admite que seu trabalho será “complicado”, por conta da diversidade. “A gente não tem tempo para fazer testes físicos e o objetivo será tentar achar um ponto de equilíbrio entre todos os jogadores”, disse.
O preparador considera que o maior problema neste momento é o fato de o grupo
estar composto por atletas que encontram num nível físico bem mais próximo do ideal,
por estarem em plena temporada – caso dos jogadores que atuam no futebol brasileiro – e outros que chegam desgastados pela dura temporada no futebol europeu.
Há, porém, um outro fator que deixará o trabalho de Paixão em uma espécie de segundo
plano: a necessidade de entrosar rapidamente a equipe, que estreia na Copa das
Confederações dia 15 de junho, em Brasília. “A prioridade é a parte técnica. O momento é técnico-tático. Se o Felipão precisar trabalhar mais com um determinado jogador, ele terá a preferência. Eu entro com trabalho físicos complementares.”
Paulo Paixão reconhece que o fato de ter vários jogadores no grupo que estão no futebol europeu torna ainda mais difícil o seu trabalho, por causa da falta de informações mais detalhadas sobre o aspecto físico desses atletas. “Aqui no Brasil temos os melhores preparadores físicos do mundo, os clubes fazem controles semanais ou quinzenais e as informações são mais fáceis de coletar. Em relação aos jogadores que estão na Europa é mais difícil, não tem esse acompanhamento e nem troca de informações.”
Paixão, no entanto, garante que não será por má forma física que a seleção deixará de obter um bom resultado na Copa das Confederações. Garante que o grupo estará num bom nível, de maneira geral, e aposta: “Com um ponto de equilíbrio (físico) entre os
jogadores e uma organização tática, o talento do jogador brasileiro fará a diferença”.