Neymar terá mais ajuda na partida contra Camarões, segunda-feira, em Brasília. Pelo menos essa é a promessa dos seus companheiros da seleção, que mais uma vez afirmaram que o atacante não joga sozinho e nem é responsável por fazer todas as jogadas do Brasil na Copa. O lateral Marcelo, um dos mais habilidosos do elenco, é o primeiro a apostar na criatividade quando os adversários igualam a condição física e fecham as portas por já saberem como o time de Felipão joga.
O discurso comum da seleção é que todos os adversários já manjaram a forma de atuar do Brasil, principalmente porque viram isso na Copa das Confederações no ano passado, quando a seleção mostrou todas as suas armas e seu estilo para ser campeã. De lá para cá, a esperança do torcedor era que a equipe recuperasse essa forma de atuar, o que conseguiu de certa maneira, mas abaixo do esperado. Ocorre que, para Marcelo, os rivais estão mais fortes e concentrados. “Várias seleções já estudaram a nossa forma de atuar e aí tudo fica mais difícil. Quando o jogo está nessa condição, vale a criatividade do jogador brasileiro”, avisou o lateral.
Marcelo deve assumir mais esse papel, porque ele é uma boa opção de saída de bola pela esquerda. O problema do lateral é com a defesa, com a proteção aos seus avanços. Se for bem coberto e não sobrecarregar o volante Luiz Gustavo, ele terá mais liberdade para atacar. “Não podemos esperar somente de Neymar. Não é só ele. Todos nós temos de ajudar o time a criar. A seleção tem esse poder de criatividade”, avaliou.
O lateral acredita que a seleção tem potencial para melhorar, e que isso depende também do encaixe ao adversário. Contra o México, um time bem montado e com poder ofensivo organizado, o Brasil fez uma disputa equilibrada. Diante de Camarões, é consenso também no grupo de Felipão que o rival, por estar eliminado e apenas cumprindo tabela, vai jogar sem responsabilidade. “Eles não têm mais nada a perder. São qualificados e fortes fisicamente”, avisou Marcelo.