A possibilidade de a Ressacada, em Florianópolis, ser a casa do Atlético nos cinco primeiros jogos do clube como mandante no Campeonato Brasileiro, gerou as primeiras reações das autoridades responsáveis pela segurança em Santa Catarina. Além dos incidentes ocorridos na última rodada do Brasileirão do ano passado, na Arena Joinville, durante o duelo entre Atlético e Vasco, quando torcedores dos dois clubes entraram em confronto o que causou a perda de nove mandos de jogos ao Furacão, o alerta foi dado também para a possível realização do clássico contra o Coritiba na capital catarinense. Mesmo assim, nenhum organismo de segurança se manifestou contrariamente a marcação do jogo para o estádio do Avaí.
Segundo o coronel Carlos Alberto de Araújo Gomes Júnior, comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar (BPM) e que responde pelo policiamento nos jogos marcados para a Ressacada, a mobilização de policiais para um duelo entre Atlético e Coritiba, por exemplo, será a mesma para um clássico local, principalmente pela proximidade das torcidas do Avaí e do Coritiba, e da ligação da organizada do Furacão com a do Figueirense.
“Um jogo desse porte aqui pode dar problema. A cidade vai se mobilizar para esse jogo como se fosse um clássico daqui. A vinda maciça das torcidas para Florianópolis, caso seja confirmado, fará com que a gente se mobilize para evitar conflitos e a Polícia Militar fará a cobertura desses jogos. Mas vamos fazer as determinações e recomendações depois da confirmação das partidas para a Ressacada”, explicou o coronel Gomes.
Um clássico Atletiba em Florianópolis poderia ocasionar confrontos entre as torcidas do Atlético e do Coritiba nas rodovias que ligam Curitiba à capital catarinense. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), caso a partida seja marcada para a Ressacada, afirmou que fará todas as recomendações e acompanhamento necessário para que as duas torcidas possam chegar em segurança ao palco da partida. “Vamos fazer a recomendação para os times e fazer o acompanhamento como sempre fazemos. As orientações são feitas antes sobre a questão de deslocamento e paradas programadas para que sejam evitados confrontos entre torcedores nas rodovias”, detalhou o chefe da delegacia metropolitana da PRF, Émerson Brummer.
Por outro lado, o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), que condenou, no final do ano passado, os confrontos entre as torcidas do Atlético e do Vasco, na Arena Joinville, preferiu não se manifestar sobre o assunto. De acordo com a assessoria de imprensa do MP-SC, o organismo só vai se posicionar quando a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) oficializar os jogos do Furacão para a Ressacada.
