Segunda divisão é o primo pobre da elite do Brasileirão

Paraná Clube e Coritiba sentaram lado a lado na reunião de ontem com a cúpula diretiva da CBF. O conselho técnico da Série B, no Rio de Janeiro, definiu alguns ajustes em questões financeiras para a disputa que tem início dentro de dez dias. “Foi uma reunião positiva.

Houve alguma melhora e se criou uma comissão para conduzir ajustes que a Série B precisa”, disse o presidente Aquilino Romani. O foco maior dos clubes do segundo escalão brasileiro está na divisão das cotas de tevê.

“Hoje, a Série B recebe pouco mais de 3% do que é destinado à primeira divisão. Nossa meta é chegar aos 12%. Mas, é um processo longo”, comentou. O dirigente tricolor sabe que desde o processo eleitoral do Clube dos 13 – quando a CBF tentou eleger Kleber Leite -instituiu-se uma “guerra” entre as duas entidades. “É preciso saber administrar essas questões, visando sempre o melhor para o futebol brasileiro. Nosso plano é voltar à elite, mas mesmo assim não podemos esquecer da Segundona. Ela é importante para a estrutura do futebol nacional”, ponderou.

Aquilino Romani lembrou que a Segundona apresenta uma rotatividade intensa – com o acesso para a A e o descenso para a C – e por isso há maior diversidade de clubes e de dificuldades, também.

“Temos algumas viagens complicadas, que precisam ser desmembradas entre aéreo e terrestre”, citou, usando exemplos de Juazeiro do Norte e Arapiraca. Isso sem contar as muitas viagens para o interior paulista. “Trata-se de uma competição muito diferente da Série A, com horários distintos, que se refletem também nas bilheterias. Tudo isso deve ser ponderado”, disse.

Na prática, do encontro de ontem os clubes obtiveram um pequeno aumento nas cotas. “Receberemos dez parcelas de R$ 100 mil. Não é muito, mas ajuda”, admitiu Romani.

Além disso, também foi obtida isenção nas taxas de antidoping e arbitragem, que agora serão pagas pela entidade. Os clubes também receberão um aumento para 30 passagens aéreas nas viagens. “Pedimos ainda para que todas as viagens sejam aéreas, mesmo aquelas inferiores a 400km. Mas, isso ainda está sob estudo”.

O vice-presidente do Coritiba, que vai receber aproximadamente R$ 7 milhões, Vilson Ribeiro de Andrade, também entende que no momento é difícil imaginar um aumento substancial para a Série B, cujo contrato de transmissão vai até 2014.

“Porém, o contrato da Série A termina no ano que vem e acredito que este é o caminho para uma negociação melhor também para a Segundona”, arrematou o dirigente coxa.

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