Anderson Tozato
Real Brasil, de Aurélio Almeida, joga amanhã pela Copa Paraná.

Encerrada a disputa dentro de campo, a batalha entre Real Brasil e Foz do Iguaçu, por uma vaga na 1.ª Divisão do Paranaense, continua quente no tapetão. Ontem, o Real conseguiu garantir, temporariamente, sua vaga na elite em 2008 e na Copa Paraná.

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O clube da capital obteve, junto ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), efeito suspensivo da sentença proferida na última quinta-feira pela 1.ª Comissão Disciplinar, que o punia com a perda de seis pontos, pela utilização irregular de um jogador. Assim, o Real perderia a segunda posição na Divisão de Acesso para o Foz, que ficaria com as vagas na elite estadual e na Copa Paraná.

Com a decisão de ontem, os efeitos da punição ao Real ficam suspensos até o julgamento do recurso, marcado para o próximo dia 12 (quinta-feira). Porém, os advogados do Foz pretendiam apelar ainda ontem ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na tentativa de suspender a partida entre Real e Portuguesa, marcada para este domingo, pela Copa Paraná. Por enquanto, o jogo está confirmado para amanhã à tarde, em Ponta Grossa.

O vencedor do torneio garante um lugar na Série C do Brasileiro de 2008 e na Copa do Brasil de 2009.

Polêmica

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Na última quinta-feira, a 1.ª Comissão Disciplinar do TJD acatou uma queixa do Toledo, que acusa o Real Brasil de ter escalado o atleta Rodrigo Guedes da Silva antes que o nome dele fosse publicado no Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Condenado com a perda de 6 pontos no quadrangular final do Acesso, de acordo com o Artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), o time do empresário Aurélio Almeida passaria da 2.ª para a 4.ª posição. A vaga na elite estadual cairia no colo do Foz, que terminou a torneio em 3.º. O Real Brasil contestou a decisão. Apresentou em sua defesa um documento assinado pelo assessor jurídico da CBF, Valed Perry, que afirma que a obrigatoriedade da publicação do nome do atleta no BID ?só é exigível para competições organizadas pela CBF?. Nos torneios estaduais, bastaria o registro junto à Federação Paranaense de Futebol (FPF).

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Segundo a advogada do Foz, Adriana Pena, o Real não juntou no prazo legal, encerrado na quinta-feira, a documentação que prova a situação regular do atleta. Para Adriana, apenas atletas amadores não necessitam de inscrição no BID.

Dirigentes de clubes  ouvidos pela Tribuna dizem que é freqüente a  FPF dar condição de jogo a atletas antes da inscrição no BID. O próprio Foz do Iguaçu utilizou, nas últimas duas rodadas do Acesso, oito jogadores que até ontem ainda não constavam no boletim.