O leitor mais atento pode até se surpreender com a sequência de temas positivos listados aos longo da semana nas páginas da Tribuna ao noticiarmos o Atlético. Primeiro a qualidade da defesa, a volta por cima do Cleberson, a maturidade do grupo e a evolução do time com Claudinei Oliveira. Afinal a boa fase (cinco vitórias em seis jogos) tirou o time da zona do rebaixamento e o jogou num patamar muito melhor.
Uma qualidade passaria despercebida de todos não fosse o segundo gol do Rubro-Negro no jogo passado. Ao abdicar de marcar o segundo gol atleticano para assistir à Cléo, Dellatorre mostrou que a solidariedade também faz parte do grupo.
“Onde não há vaidade, quanto menos vaidade tiver, e em todo lugar, todo campo ou ramo tem vaidade, sendo controlada, não colocando o ‘eu’ acima do grupo, as cosias acontecem. Hoje está acontecendo isso. Tem o exemplo do Dellatorre que passou a bola para o Cléo, mas às vezes um jogador perde a bola e o zagueiro vai lá e dá o carrinho e recupera. A gente vê que a equipe está solidária. O companheiro erra, vão lá e antes de reclamar, incentivam e recuperando a bola, para depois cobrar”, contou o treinador.
Essa dedicação se vê em todas as áreas, não só no ataque. “Todo mundo vem se sacrificando na parte defensiva. Tanto eu, que estou mais lá na frente, quanto o Marcelo, Marcos Guilherme, o Bady. A gente vê o crescimento defensivo da nossa equipe e quer ajudar também. Se um não consegue voltar, o outro volta na posição do companheiro. E está dando certo. Um correndo pelo outro, um ajudando o outro. Se doar. E todos estão se doando, se entregando”, afirmou o atacante Cléo.
“Ninguém ganha nada sozinho. Vamos ganhar sempre em grupo, em conjunto. Vai chegar uma hora que todos vão precisar de todos. Eu falo que se cada um fizer a sua bem feita, seremos uma equipe comum. Se cada um fizer a sua e ajudar um companheiro no momento de dificuldade, vamos ser uma equipe diferente”, concluiu Claudinei.
