Seat dominou etapa do WTCC em Curitiba

Ano passado, o automobilismo brasileiro ficou espantado com o domínio dos três carros da equipe Medley/Andreas Mattheis na Stock Car. No domingo, Curitiba recebeu a abertura do Campeonato Mundial de Turismo da FIA (WTCC) e virou palco de uma incrível vitória dos carros da Seat.

A equipe espanhola fez, usando um termo turfístico, a “quadrifeta” nas duas etapas do mundial, com os quatro principais pilotos da armada invertendo as posições nas corridas -na primeira, deu Yvan Muller, com Jordi Gené em segundo, Rickard Rydell em terceiro e Gabriele Tarquini em quarto; na segunda, Tarquini venceu, seguido por Rydell, Gené e Muller.

O domínio espanhol superou o triunfo alemão da BMW em 2007, quando Augusto Farfus, Jörg Müller e Andy Priaulx foram soberanos no Autódromo Internacional.

Além da marca retumbante, a Seat mostrou que ainda é predominante no WTCC.

“Espero que continue e termine assim”, disse Yvan Muller, atual campeão e líder do campeonato com 15 pontos, ao lado de Gabriele Tarquini (Rickard Rydell e Jordi Gené estão com 14). “Vamos precisar desta constância para conquistar o título”, disse Gené.

A constância realmente foi decisiva na etapa de Curitiba. Na primeira corrida, não teve para ninguém.

Muller largou na pole e venceu de ponta a ponta, sem ser incomodado pelos rivais.

Os outros pilotos da Seat mantiveram as posições e a emoção ficou reservada para o segundo pelotão, onde o paranaense Augusto Farfus conseguiu abrir caminho e subir para a quinta posição, conquistada após uma falha de Tiago Monteiro (o quinto Seat oficial).

Na segunda prova, com chuva, os carros da BMW foram “atropelados”. “Para dizer a verdade, as primeiras voltas foram até fáceis”, resumiu Gabriele Tarquini, que saiu na quinta posição e terminou em primeiro.

Para Augusto Farfus, a etapa “em casa” serviu como prévia do que acontecerá em Puebla, a próxima etapa do WTCC. “Continuaremos em dificuldades. No México, a soma de altitude, pista travada e asfalto ruim ajudará os Seat León”, comentou o piloto paranaense.

Quinto colocado, Farfus admite que a expectativa será a mudança no sistema de lastro dos carros, que será aplicada a partir da terceira etapa, em Marrakech, no Marrocos.

“Depois do México, eles receberão o acréscimo de peso e, quem sabe, o equilíbrio possa começar a voltar. Mas, por tudo o que vimos aqui, acho que nossos resultados poderiam ter sido piores. Sempre achei que o 5.º era o máximo que poderíamos almejar”, concluiu.

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