Se a vitória não vier hoje, Paraná se complica de vez

O Paraná Clube faz hoje – às 20h30, no Pinheirão – um jogo “de vida ou morte”. O Brasileirão ainda não está chegando ao término do primeiro turno, mas um novo tropeço, diante do Paysandu, pode tornar a situação insustentável para o Tricolor, que há muitas rodadas vem se mantendo “à beira do precipício”.

Fora da zona de rebaixamento apenas pelos critérios de desempate, o representante paranaense tenta espantar a crise e iniciar sua corrida de recuperação.

Com este objetivo em mente, o técnico Gilson Kleina provocou profundas alterações na equipe, que passa a jogar com dois centroavantes de referência – Galvão e Sinval – e dois meias de criação – Cristian e Canindé. O quarteto de frente será responsável pala articulação do Paraná, que promete encurralar o adversário para pôr fim, o quanto antes, ao jejum de gols. O Tricolor não balança as redes adversárias há 385 minutos e o último gol foi marcado por um zagueiro (Fernando Lombardi, na vitória sobre o Atlético, por 1×0).

Além da mobilidade no meio-de-campo, Kleina quer participação ativa dos laterais. Por isso, confirmou a volta de Cláudio, na direita, e a estréia de Vicente, na esquerda. Estas são apenas duas das novidades do time, que conta ainda com as voltas do goleiro Flávio e do atacante Galvão. Completando as mudanças, Gilmar ganha oportunidade no setor de contenção e o meia Cristian pela primeira vez começa um jogo no time titular. Mesmo tendo atuado por mais de trinta minutos frente ao Grêmio, o jogador sabe que a partida de hoje é “especial”.

“Fiquei muito tempo no departamento médico e agora espero estar entrando no time para não mais sair”, avisou o meia de 24 anos, ex-Ituano. Contratado para melhorar a criatividade do time, Cristian ficou quarenta dias tratando de dores nos adutores, conseqüência de uma lesão lombar. “Sei que o momento é delicado. Então, cabe a nós arrumar o time, começando com uma boa vitória diante do Paysandu”, disse. O jogador não deu importância aos questionamentos sobre a possibilidade do Tricolor se deparar com um gramado “pesado” devido às chuvas. “Isso não importa. Temos que vencer. E só”.

O atacante Sinval concorda. “Não temos que nos apegar a álibis”, disparou. “Criamos muito pouco nas duas últimas partidas e aí não tem como vencer. É um jogo onde cada um tem que dar algo a mais”. O “artilheiro da paz” pouco tocou na bola em Porto Alegre e espera que a postura mais ousada armada para esse jogo seja aplicada na prática. “Temos que agredir. Preferencialmente com bolas pelos flancos, pois teremos dois atacantes de área para tentar concluir os cruzamentos”. Kleina espera uma equipe mobilizada e eficiente. “Temos que ser competitivos. É claro, com equilíbrio”, resumiu.