Schumacher supera Senna

São Paulo (Warm Up) – Michael Schumacher fez história ontem. Ao conquistar a primeira posição do grid para o GP de San Marino, quarta etapa do Mundial de F1, chegou a 66 pole positions na carreira, superando o único recorde absoluto de performance que ainda não lhe pertencia. Até ontem, estava empatado com Ayrton Senna. Todas suas poles foram obtidas depois da morte do brasileiro ? na mesma pista de Imola, em 1994.

O alemão da Ferrari só não é recordista, atualmente, de presenças em GPs. Hoje completa 234. Só Riccardo Patrese largou mais do que ele, 256 vezes. Mas andou menos. No total de voltas percorridas, Schumacher, que quase nunca quebra, já superou o italiano faz tempo. Michael é recordista também de vitórias, títulos, melhores voltas, pódios e pontos, entre outras marcas menos importantes.

Ontem, ao aparecer na sala de imprensa para a coletiva obrigatória dos três primeiros no grid, Schumacher tinha os olhos vermelhos. Em 2000, quando igualou o número de vitórias de Senna, também na Itália (mas em Monza), chorou compulsivamente. "É algo muito especial, e não tenho palavras para descrever o que estou sentindo", falou.

Fôlego recuperado, o heptacampeão disse que, nesta altura, lhe importa mais saber que tem chance de ganhar uma corrida do que olhar para os números. "Estou muito otimista, trabalhei demais nas últimas semanas, e sei que tenho uma possibilidade real de ganhar. Isso é o mais importante agora."

Schumacher não vence um GP desde junho do ano passado, nos EUA. Ele condiciona sua permanência na F1 à competitividade da Ferrari neste ano, e a pole, para ele e para o time, foi uma boa notícia. Melhor ainda porque o líder do mundial, Fernando Alonso, foi mal na classificação e larga apenas em quinto. Como Imola é uma pista de ultrapassagens muito difíceis, o espanhol deve ter problemas para manter a invencibilidade de seu time neste ano ? a Renault venceu as três primeiras etapas do campeonato. "Vou lutar pelo pódio", disse.

A pole foi obtida na primeira das duas tentativas de volta rápida que Michael fez na fase final do treino, com 1min22s795. Jenson Button larga ao seu lado na primeira fila, com dois brasileiros logo atrás: Rubens Barrichello em terceiro e Felipe Massa em quarto.

O grid apresentou boas surpresas, como a Toyota com seus dois carros entre os dez primeiros, e algumas decepções ? McLaren em sétimo e oitavo, principalmente, e Fisichella, da invicta Renault, num distante 11.º. O GP de San Marino, com 62 voltas, começa hoje às 9h de Brasília.

Massa "chora" e Barrichello melhora

São Paulo (Warm Up) – Os dois pilotos brasileiros da F1 conseguiram ontem suas melhores posições de grid no ano. Rubens Barrichello parte em terceiro com a Honda e terá ao seu lado na segunda fila Felipe Massa, da Ferrari. O primeiro terminou o dia sorridente. Afinal, nas três primeiras corridas do ano freqüentara as últimas colocações. Felipe, ao contrário, saiu de seu carro resmungando.

"Me jogaram na pista no meio do trânsito", falou o ferrarista, que levou cerca de 1s de seu companheiro, o pole Schumacher. "Não estou satisfeito, não." Segundo o piloto, dava para lutar por uma primeira fila.

Na verdade, Felipe errou em sua primeira tentativa de volta rápida, e reclamar de tráfego numa fase do treino em que há apenas dez carros na pista soou exagerado. No início da semana, o chefe Jean Todt havia dito que "esperava mais" de Massa neste seu começo de vida na Ferrari. Atribuir o resultado ao time, que o teria mandado à pista na hora errada, é o tipo de coisa que pega mal em Maranello.

Já Rubens comemorou o fato de a Honda ter alterado seus freios, um dos problemas que vinha enfrentando no campeonato. Desde os treinos de sexta ele andou bem, sem maiores queixas, e se é verdade que ficou atrás do parceiro Jenson Button de novo, pelo menos andou muito perto. "A equipe está se esforçando bastante e já estou bem mais à vontade no carro", garantiu. (FG)

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