São Paulo – A Ferrari anunciou ontem, de surpresa, a extensão dos contratos de seu núcleo na Fórmula 1, Michael Schumacher à frente, até o final de 2006. Com o alemão, ficam também por mais três anos em Maranello o diretor-geral Jean Todt, o diretor-técnico Ross Brawn, o projetista Rory Byrne, o responsável pelos motores Paolo Martinelli e o designer de motores Gilles Simon. Sobre Rubens Barrichello, o comunicado de dez linhas emitido pela manhã não traz uma palavra sequer.
O piloto brasileiro tem contrato com a Ferrari até o final do ano que vem. Em maio do ano passado ele foi renovado, junto com o de todo o pessoal confirmado ontem. Nas últimas semanas, ele vem sendo alvo de especulações. A imprensa italiana, especialmente, tem publicado notícias sobre uma possível substituição, já no ano que vem, por Felipe Massa. Isso porque ele estaria “desmotivado” e não teria se adaptado ao novo carro do time, a F2003-GA. E como seu contrato ainda tem mais um ano de duração, ele seria emprestado à parceira Sauber.
Schumacher, que está nos Estados Unidos se preparando para o GP do Canadá, que será realizado neste fim de semana, disse que a permanência em Maranello não deveria surpreender ninguém. “Era mais ou menos certo que eu faria isso. O fato de Todt e todo seu pessoal ter resolvido ficar facilitou minha decisão. Tenho muito orgulho e prazer em trabalhar na Ferrari, num grupo maravilhoso que considero minha segunda família”, declarou.
Não se sabe quanto Schumacher vai ganhar para ficar até o final de 2006 vestido de vermelho. Seu salário atual bate na casa dos 50 milhões de euros anuais (mais de R$ 160 milhões). Ele defende a Ferrari desde 1996 e pela equipe italiana ganhou três de seus cinco títulos, em 2000, 2001 e 2002. Atualmente, é vice-líder do mundial.
Na semana passada, seu empresário Willi Weber disse que Michael só falaria sobre o futuro em Monza, na semana do GP da Itália, em setembro. Frank Williams afirmou que faria uma proposta irrecusável para tê-lo em seu time em 2005. Como sempre, tudo não passou de marola. Michael já tinha decidido o que fazer. E deve encerrar mesmo a carreira em Maranello. No final de 2006, ele estará perto de completar 38 anos de idade.
Já Todt, o dirigente que comanda toda a operação de F-1 da Ferrari, disse se sentir “orgulhoso” por continuar mais algum tempo na equipe. “Estou a poucos dias de completar dez anos aqui e é um grande prazer fazer parte deste grupo”, falou.
