Michael Schumacher alcançou ontem a marca de 100 presenças na primeira fila ao conseguir a pole-position para o GP da Alemanha, em Hockenheim, 12.ª etapa do mundial de Fórmula 1. Fazia dois meses que o alemão não obtinha uma pole, desde o GP da Europa, em Nürburgring, no fim de maio. Foi a sexta no ano e 61.ª na carreira. E foi fácil. Michael, líder do campeonato com dez vitórias em 11 provas, fez o tempo de 1min13s306, recorde para a pista, com 0s362 de vantagem para o segundo colocado, Juan Pablo Montoya, da Williams.

Hockenheim – “Interessante”, foi tudo que Schumacher falou sobre o recorde de 100 primeiras filas (que já era dele; o segundo nas estatísticas é Ayrton Senna, com 87). Gripado, o piloto poupou a voz. Disse que conseguiu a pole graças à quase perfeição de sua pilotagem nos dois últimos trechos do circuito. “Não fiquei surpreso com a pole, mas sim com a diferença para os outros. Nossas expectativas para a corrida são muito promissoras”, definiu.

Quando Schumacher diz algo do gênero, pode-se esperar por um banho do alemão na sua corrida de casa. Ele tem vencido GPs largando bem mais atrás, variando estratégias como se troca de camiseta. Na penúltima, em Magny-Cours, ganhou com quatro pit stops. Na última, em Silverstone, com dois. Em Hockenheim, deve sair para três paradas.

Rubens Barrichello, em sétimo no grid a 0s972 do alemão, tende a fazer dois pit stops apenas. “No final da corrida vamos saber qual das estratégias é a melhor”, falou o brasileiro.

A surpresa do fim de semana foi a recuperação da Williams. Montoya disse nunca ter tido nesta temporada um carro tão bom e espera lutar pelo pódio, algo que não consegue desde o GP de San Marino, há três meses. No ano passado, ele venceu em Hockenheim. O colombiano foi o destaque da pré-classificação ontem, fazendo o melhor tempo. Seu novo parceiro Antonio Pizzonia ficou em segundo, apenas 0s031 atrás. Mas, no treino que valia, o brasileiro despencou e terminou em décimo.

“A gente se entusiasmou com o tempo da pré e achou que dava para fazer a pole”, explicou o amazonense, que se repetisse a volta de momentos antes, em 1min13s422, largaria em segundo no grid. “Aí mexemos numas coisas do carro, trocamos uma mola, abaixamos um pouco a traseira, mas deu errado, ficou muito difícil de guiar. Foi uma pena, mas acho que ainda dá para lutar pelos pontos.”

O terceiro melhor tempo do dia foi de Jenson Button, da BAR. O inglês, no entanto, larga em 13.º por ter trocado de motor na sexta-feira. Os outros dois brasileiros, Cristiano da Matta e Felipe Massa, repetiram suas recentes más performances em classificações e partem lá atrás, em 15.º e 16.º respectivamente, ambos atrás de seus companheiros de equipe.

O GP da Alemanha, com 67 voltas, terá largada hoje às 9h de Brasília. A previsão é de um domingo ensolarado e quente na região da Floresta Negra.

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