O procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, criticou a posição da Portuguesa diante do julgamento da punição pela escalação irregular do jogador Héverton. “É rotina do tribunal julgar às sextas-feiras e aplicar punições que são cumpridas no final de semana, a não ser que o atleta esteja acobertado por efeito suspensivo ou outro recurso”, disse à reportagem.
Schmitt prevê que até o dia 27 de dezembro o caso estará resolvido, inclusive com os recursos após o julgamento marcado para segunda-feira. “O que me causa estranheza é a desinformação. Temos esse fantasma de tapetão e virada de mesa, mas só acontece quando há uma canetada ou se entra pela porta dos fundos. Estamos cumprindo a legislação desportiva. O problema criado é da Portuguesa, não do STJD.”
A Portuguesa vai usar dois argumentos para justificar a escalação de Héverton no último jogo do Campeonato Brasileiro e com isso tentar evitar a punição da perda de quatro pontos e o rebaixamento. O primeiro é provar não ter sido informada de que a punição do jogador seria de dois jogos e não de um – que ele já havia cumprido. O segundo é uma dupla interpretação do artigo 43 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) que aborda o início de uma punição.
A comissão técnica e os jogadores, inclusive Héverton, afirmam que não foram informados pela diretoria de um julgamento, muito menos da condenação de dois jogos.