O velejador brasileiro Robert Scheidt não tem do que reclamar neste final de temporada. Depois de nove meses na classe 49er, o bicampeão olímpico voltou à Star, onde mais gosta de velejar, e conquistou um lugar no pódio com a medalha de prata no SSL Finals, nas Bahamas, que terminou neste final de semana. Assim, seu balanço para 2017 é positivo e já faz planos para 2018.
“Tive um ano diferente, em que me dediquei à classe 49er até setembro e foi uma bela experiência. Mas voltar a velejar de Star foi um prazer muito grande. Pretendo continuar na Star, fazendo competições como a Star Sailors League, juntamente com planos de ingressar na vela oceânica”, explicou o brasileiro.
A SSL Finals marcou a primeira competição internacional de Robert Scheidt após anunciar o encerramento do ciclo visando os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, na classe 49er, a qual lutou por um ano em busca de adaptação aos 44 anos de idade. “Como disse, 2017 foi um ano muito interessante, de transição. E encerrar com um bom resultado em Nassau valeu demais. É um evento que cresce cada vez mais. Tivemos um nível espetacular. A regata final foi um belo show, com trocas de posições e muita emoção até o final”, afirmou o bicampeão olímpico.
Ao lado do proeiro Henry Boenning, o Maguila, Robert Scheidt ficou a um segundo do inglês Paul Goodison e do alemão Frithjof Kleen na linha de chegada da regata final, no último sábado. Deixar a medalha de ouro escapar por menos de um barco de diferença não deixou o bicampeão olímpico chateado. “Claro que adoraria ter saído com o título. Faltou muito pouco, mas lutamos até o fim. Demos o máximo e acabamos com a prata por bem pouquinho. No fim das contas, foi um bom resultado. Eu e o Henry estamos muito contentes com este final de temporada”, completou o maior medalhista olímpico do Brasil, com cinco pódios.
O resultado ratifica o alto nível de velejada de Robert Scheidt. Com apenas um mês de treino com Maguila na classe Star, conquistou a medalha de prata em uma competição que reuniu os maiores velejadores do mundo. Os 50 iatistas divididos em 25 duplas conquistaram 24 medalhas olímpicas, sendo 14 dos brasileiros presentes em Nassau, e disputaram uma premiação de 200 mil dólares (cerca de R$ 660 mil).