Robert Scheidt e Bruno Prada garantiram mais uma vaga olímpica para o Brasil na vela. Nesta sexta-feira, eles ampliaram a liderança na classe Star no Mundial de Perth, na Austrália, e se garantiram na Medal Race. A última regata da competição tem apenas 10 barcos e, assim, eles asseguram para o País uma das 11 vagas nos Jogos Olímpicos de Londres que estavam em jogo no Mundial.
Nesta sexta-feira, Scheidt e Prada conquistaram um segundo e um terceiro lugar nas regatas do dia e chegaram a 35 pontos perdidos, 18 a menos que os norte-americanos Mark Mendelblatt e Brian Fatih, vice-líderes. Com isso, um único resultado na Medal Race de sábado pode tirar o título deles. Os brasileiros precisariam chegar em último entre os dez barcos e os norte-americanos em primeiro. Ainda assim Scheidt e Prada ficariam com a prata.
“Estávamos imaginando conseguir ficar uns 12, 13 pontos à frente dos americanos. Agora, é ter calma e planejar bem a Medal Race”, diz o proeiro Bruno Prada. “Entramos nas regatas com objetivo específico de velejar perto dos americanos e dos alemães (Robert Stanjek e Frithjof Kleen), que eram nossos rivais mais diretos. Executamos exatamente o que havíamos planejado e conseguimos chegar na frente deles nas duas provas.”
Para a Medal Race de sábado, a estratégia é colar no barco norte-americano. “A única forma de eles nos superarem é vencerem a Medal Race e nós chegarmos em último lugar. Se velejarmos perto deles, vai ser muito difícil isso acontecer”, completou Prada.
Esta foi a sexta vaga olímpica conquistada pelo Brasil em Perth. Assim como as demais, ela pertence ao País, não aos velejadores que a conquistaram. Por serem os melhores (e únicos) brasileiros na classe Star no Mundial, Scheidt e Prada conquistaram um ponto. Outro estará em jogo no torneio pré-olímpico de Búzios (RJ), no início do ano. Caso haja a necessidade de um desempate, ele será no Troféu Princesa Sofia, na Espanha, em maio.
Uma sétima vaga para o Brasil deve vir no sábado, quando acontecerão as duas últimas regatas da fase classificatória da 470 Feminino. Martine Grael e Isabel Swan tiveram uma sexta-feira quase perfeita em Perth: conquistaram um primeiro e um segundo lugar nas duas regatas do dia e pularam para o oitavo lugar na classificação geral. Os 14 primeiros barcos, considerando um por País, vão a Londres. Hoje, até o 20.º colocado no Mundial estaria na Olimpíada e a diferença deste para o brasileiro é de 53 pontos.
A meta da medalhista olímpica em Pequim e da filha de Torben Grael, porém, é ficar entre as dez primeiras após as regatas de sábado e, assim, classificar o barco do Brasil para a Medal Race, regata que vale o dobro de pontos. A distância delas para a zona de medalhas é de 24 pontos.