Saviola, a promessa que não vinga

Barcelona – O atacante Saviola é um mistério. Contratado pelo Barcelona por 25 milhões de euros em 2001, depois de se destacar no River Plate e na seleção argentina, jamais conseguiu se firmar na Europa. Rifado pelo Barça, passou ainda por Monaco e Sevilla, sem grande sucesso. Agora, de volta ao Barça, sabe que precisa serviço para renovar o contrato, ou então terá que iniciar nova etapa em outro clube.

Ao longo de toda a carreira profissional, Saviola marcou 127 gols, dez deles pela seleção argentina. Levando em conta que disputou 584 jogos, a média é baixíssima para um centroavante: 0,21 gol por jogo. com os números na mão, ele admite que a carreira estacionou nos últimos seis anos e agora tenta se reerguer. Se não no Barcelona, talvez na Juventus, da Itália, que já manifestou interesse em contratá-lo.

Nesta entrevista, o argentino admite que ainda busca afirmação na Europa, de preferência na equipe catalã. Segundo ele, ajudaria não só a acabar com as idas e vindas, mas também para comprovar que tem condições de dar seqüência à linhagem de goleadores da seleção argentina, após Batistuta e Crespo.

Agência Placar – Por que foi sempre tão difícil para você se firmar no Barcelona? Não fosse a lesão do Eto?o e talvez você mais uma vez tivesse sido negociado. Acha que existe algum preconceito em relação a você, ao seu tamanho?

Saviola – Não sei o motivo. Passaram vários técnicos pelo clube e essa situação nunca mudou, eu nunca era a primeira opção. Mas eu nunca abaixo os braços. Confio no que posso fazer e sempre luto por um lugar na equipe. Porém, meu contrato termina no meio do ano e tenho que pesar tudo isso.

Então você está de saída mesmo? O destino é a Juventus, como tem sido especulado?

O Barcelona é a minha primeira opção. Mas quero saber o que eles pensam com antecedência para tomar a melhor decisão para a minha carreira. Assim que terminar meu contrato, vou estar aberto a negociar com qualquer um.

O que pensa das críticas em relação ao Ronaldinho?

Ronaldinho é um jogador com uma mágica que poucos por aí têm. Para qualquer atleta é um prazer jogar ao seu lado. Não acho que sejam justas as críticas.

O que aconteceu com a Argentina na Copa? O que faltou para que a seleção fosse mais longe?

Nós fizemos uma boa participação, não acho que tenha faltado nada. Foi um campeonato muito bom em qualidade e a Argentina foi uma das melhores equipes. Infelizmente, perdemos nos pênaltis para a Alemanha.

Mas a imprensa argentina anda dizendo que falta um artilheiro à seleção. Crespo, já veterano, continua sendo o principal nome. Além dele, apenas você e Diego Milito, do Zaragoza.

Sim, no momento não temos muitos artilheiros. Mas quantidade não é tudo. Talvez seja melhor ter poucos atacantes, desde que eles rendam bem na seleção.

Após fazer o gol da vitória sobre a França no amistoso em Paris, a briga por uma vaga na seleção parece estar mais favorável do que no Barcelona, não?

Aquele foi um gol realmente especial. É o tipo de resultado que dá muita confiança a um jogador e à equipe. A briga por um lugar na seleção é muito difícil, como é também no Barcelona. Mas quero estar sempre à disposição da seleção. Temos Copa América e Eliminatórias chegando, é um recomeço, com um novo técnico, e quero fazer parte disso.

Faça uma aposta: quem serão, pela ordem, os três melhores jogadores da Fifa neste ano?

Ronaldinho, Cristiano Ronaldo e, espero, algum argentino.

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