O Paraná Clube entra em campo amanhã – às 20h30, frente ao Paysandu, no Couto Pereira – visando uma definitiva aproximação da “zona de classificação” à Copa Sul-Americana. A meta é pôr fim às oscilações e consolidar uma posição de destaque no campeonato brasileiro, após superar os diversos momentos de turbulência. Após 34 rodadas, somente por duas vezes o Tricolor conquistou vitórias em seqüência. Para Saulo, o “efeito gangorra” é parte do passado.
Primeiro, sob o comando de Adílson Batista, o Paraná passou por Vasco e Grêmio, no início de julho. No fim do mesmo mês, mas já com Saulo de Freitas na direção técnica do time, o Tricolor “atropelou” Fortaleza, Vitória e Criciúma. Depois da experiência frustrada com Edu Marangon, Saulo voltou para devolver o clube ao caminho das vitórias. “Assentou a poeira” e em três jogos já alcançou 54,55% dos pontos a serem conquistados em “caráter de urgência”.
A crise técnica do início do returno fez a diretoria “colocar as barbas de molho” e estabelecer como meta prioritária atingir a marca de 50 pontos. Este é o limite – nas contas do clube – para se assegurar a permanência na primeira divisão nacional. “A partir daí, buscaremos novos horizontes”, frisa Saulo. Tranqüilo com os seis pontos obtidos nesta sua segunda fase à frente do time, o técnico quer tirar esta carga dos ombros dos jogadores o quanto antes. Após a goleada sobre o Flamengo, o Tricolor não quer desperdiçar a oportunidade de faturar mais três pontos em casa.
O bom rendimento no Rio de Janeiro, porém, não se refletiu em um otimismo exagerado por parte de jogadores e integrantes da comissão técnica. Todos destacam a qualidade do adversário e o respeito aumentou ante o problema que “desabou” sobre o Paysandu. O time paraense já perdeu oito pontos nos tribunais e passou a correr contra o rebaixamento. “Se antes já seria um jogo duro, agora vai ser clima de decisão”, comentou Saulo de Freitas.
Entre amanhã e domingo, o Paraná encara na seqüência Paysandu e Juventude (este, em Caxias do Sul), 20.º e 21.º colocados, respectivamente. No primeiro turno, o Tricolor perdeu para estes dois adversários. Em Belém, foi goleado (0x3) e quando precisava da reabilitação, em Curitiba, caiu diante do Juventude (1×2). “Vivemos outro momento. O time voltou a jogar bem. Até mesmo na minha primeira passagem, só fomos mal no clássico contra o Atlético”, lembra.
Saulo de Freitas chegou agora aos dez jogos no comando do time, igualando o número de partidas que Cuca, hoje no Goiás, teve à frente do Tricolor. Com 5 vitórias, 1 empate e 4 derrotas, ele tem o melhor aproveitamento entre os quatro treinadores que trabalharam no clube: 53,33%, contra os 50% de Cuca, nas rodadas iniciais do Brasileirão.
Não deu para o expressinho Paranista
O “expressinho” do Paraná Clube perdeu ontem pela Copa Sesquicentenário, em Paranaguá. O Rio Branco, com gol de Ninho – cobrando falta, aos 33 minutos do primeiro tempo -, levou a melhor. O Tricolor segue com apenas um ponto na sua chave. O time, desta vez, contou com vários jogadores que não estão jogando no Brasileirão, mas sentiu a falta de entrosamento.
O time, comandado por Ary Marques, dos juniores, formou com William; Milton, Fábio Braz, Juliano e Rodrigo Silva; Cazaroto, César Romero, Wiliam e Sandro (Mateus); Washington (Vandinho) e Éverton (Alcides). O Leão da Estradinha jogou com Rodrigo; James, Henrique e Alex; Wellington, Giba, Baiano, Ninho e Herminho; Jéferson (Nino) e Ratinho. O jogo teve a arbitragem de Marcos Tadeu Mafra.
O Tricolor volta a atuar pelo torneio na próxima quarta-feira, frente ao Atlético, às 15h30, no Érton Coelho Queiroz. O ingresso único custa R$ 3,00.