Arthur Zanetti pode ser o único medalhista olímpico da ginástica artística brasileira, mas nunca houve, no País, nenhum ginasta mais completo do que Sergio Sasaki. Décimo colocado no individual geral nos Jogos de Londres, em 2012, ele vinha crescendo ano a ano, teve um 2015 para esquecer, com duas lesões e nenhuma chance de competir. De volta aos treinos sem limitações, Sasaki agora quer voltar ao ápice de forma para brigar por uma medalha no Rio-2016.
“Ano passado não competi nenhuma vez. Acho que foi o pior ano da minha carreira, mas também me ajudou. Ganhei mais maturidade para concentração de treino e me deu mais motivação. Agora estou voltando. Quero me superar um pouquinho a cada dia e pensar sempre nos Jogos Olímpicos. Não vou negar que quero ser medalhista, mas antes disso preciso treinar muito”, comenta Sasaki.
Logo no início de 2015, o ginasta sofreu a lesão mais grave da carreira e precisou operar o joelho direito. Quando estava perto de voltar às competições, para defender o Brasil no Mundial, lesionou também o bíceps direito. Até agora ele não voltou a competir, mas os treinos estão cada vez mais intensos.
“Senti um pouco de medo quando voltei, mas estou melhor a cada dia. Faço fisioterapia, o que me dá mais confiança. Tenho conversas com os técnicos e fisioterapeutas para que eu faça tudo certinho. Esse período foi um teste de paciência. O tempo foi o melhor remédio. Foi um aprendizado”, diz.
Por ser o melhor generalista (ginasta que compete no individual geral) do País, Sasaki é nome certo entre os cinco ginastas que defenderão o Brasil nos Jogos do Rio. A equipe ainda será definida pela comissão técnica, mas é provável que Arthur Zanetti, Diego Hypolito e Arthur Nory também estejam no time.