Noventa mil pontos. A conta que Sérgio Sasaki faz para tentar uma inédita medalha no individual geral no Mundial de Nanning (China), nesta quinta-feira, a partir das 8h (de Brasília). Quinto colocado no ano passado, na Antuérpia (Bélgica), o mais completo ginasta brasileiro quer zerar os erros para chegar ao pódio.
“Esperamos não ter as mesmas falhas que tivemos na etapa qualificatória para poder chegar o mais próximo possível do terceiro lugar. Os concorrentes estão muito fortes. O objetivo é somar mais de 90.000 pontos para buscar o pódio. Não podemos ter falhas, temos que acertar tudo”, diz Renato Araújo, técnico de Sasaki.
O “japa” – como é conhecido na ginástica – fez 87.522 pontos na classificação, nota bastante abaixo da sua média. Na final por equipes do Mundial, Sasaki se apresentou em todos os aparelhos e somou 89.098 pontos, resultado que o deixaria em 10.º na fase de classificação.
O ouro praticamente já tem dono: o japonês Kohei Uchimura, ginasta mais completo da atualidade. Na casa dos 90 mil pontos estão o russo David Belyavski e o chinês Shudi Deng, que fizeram respectivamente 90.748 e 90.630 na classificação. Entre os 14 primeiros, aliás, exceto um ucraniano, só atletas de China, EUA, Rússia, Grã-Bretanha e Japão, os cinco países que ficaram à frente do Brasil na prova por equipes.
Na final desta quinta, o Brasil também vai contar com Arthur Nory Mariano, que vinha de lesão grave no dedo e quase não participou do Mundial. “O Nory só conseguiu a vaga na equipe durante os treinos no Japão e já na preparação final aqui na China. Ele não teve uma excelente qualificatória, mas mesmo assim se classificou. A expectativa é que faça uma competição um pouco mais limpa. Apesar do cansaço, por já ter participado de duas competições, as classificatórias e as finais por equipe, a expectativa é que tenha um resultado melhor que do ano passado quando terminou em 17.º”, diz um dos técnicos da seleção.