Paris
– O paulista Flávio Saretta faz hoje o jogo mais importante de sua carreira. Em partida que vale uma vaga nas quartas-de-final do Torneio de Roland Garros, Saretta vai enfrentar o norte-americano Andre Agassi -o número 2 do ranking de Entradas e líder da Corrida dos Campeões.Depois de desempenhos convincentes no torneio, Saretta está cheio de confiança. “O Agassi é um dos meus ídolos. Cresci vendo ele jogar, mas não é por isso que vou me intimidar”, garantiu Saretta.
Depois que venceu o russo Yevgeny Kafelnikov com um tênis de alto nível, Flávio Saretta se transformou rapidamente numa das sensações do torneio e atraiu a atenção da mídia como nunca havia conseguido antes. Essa badalação toda mexeu radicalmente com a rotina do brasileiro, mas não alterou a forma como vem encarando a competição.
“Ainda não me dei conta do que está acontecendo. Não estou pensando no que já conquistei aqui em Paris. Estou focado, sempre pensando no próximo jogo. E agora tenho o Agassi pela frente”, afirmou o brasileiro.
E é justamente Agassi um dos principais ídolos de Saretta. O brasileiro conta que, por várias vezes, já se sentiu tentado a pedir um autógrafo do norte-americano em alguns torneios. Neste domingo, Saretta terá que adiar mais uma vez o pedido. “É muito louco isso. Ele (Agassi) sempre foi um dos meus ídolos”, afirmou.
O ídolo, porém, se tornará adversário. “Mas desta vez será diferente”, avisou Saretta. “O sentimento de admiração continua, mas vou entrar em quadra e esquecer que é ele que está do outro lado. Talvez se fosse na primeira rodada, estaria mais apreensivo. Mas já ganhei jogos duríssimos aqui, venci o Kafelnikov, que está no mesmo nível que o Agassi. Portanto, acredito muito em mim e acho que posso surpreendê-lo. Eu quero ganhar”, acrescentou.
Contra Galo Blanco, Saretta ainda jogou sentindo dores musculares nas costas. “Tentei esquecer a dor durante o jogo. Achei estranho na hora que ele (Blanco) pediu atendimento médico logo no primeiro game. Fiquei na expectativa”, contou.