Nova York  – Na esperança de um resultado histórico, Flávio Saretta faz hoje o maior desafio de sua carreira: duela com Andy Roddick, a grande sensação do tênis mundial no momento, por uma vaga nas oitavas-de-final do US Open de 2003. Será o jogo do dia no estádio Arthur Ashe, em Flushing Meadows, de um fim de semana agitado em Nova York, com o feriado do “Labor Day” segunda-feira, que marca o final das férias do verão norte-americano.

Saretta vive o seu melhor momento e Roddick também. É claro que as diferenças são grandes, mas o tenista brasileiro garante que entra em quadra cheio de confiança e preparado para armar a maior surpresa do campeonato. “Vai ser uma nova experiência para mim. Já joguei numa quadra central, em Roland Garros, e ganhei do Kafelnikov. Agora, o Roddick joga como grande favorito, ao lado de sua torcida e, apesar de tudo, acho que vai sentir uma pressãozinha, diante de um cara que está apenas aparecendo, como eu”, contou Saretta. “Tenho de confiar, estou jogando bem.”

Com seu jeito meio descontraído, costuma não se impressionar diante de grandes desafios, mas para vencer vai ter de se inspirar na história de David e Golias. “Estou no meu melhor ano”, lembra Saretta, que ganhou dois títulos de challenger, em São Paulo e Bermudas, esteve ainda nas quartas-de-final de Delray Beach, Casablanca e St. Poelten, além de ter ido bem nos últimos Grand Slams. “Contra o Nico (Nicolas Lapentti) o meu saque funcionou bem e fez a diferença. Se repetir a atuação aumento minhas chances de surpreender.”

Atitude

O novo técnico de Saretta, o argentino Pablo Albano elogiou especialmente a boa atitude de seu pupilo nos dois primeiros jogos do US Open, contra Vincent Spadea, que não perdeu o controle ao ceder o terceiro set, e diante de Lapentti, em que manteve-se concentrado até mesmo para marcar um 6 a 0 na definição da partida. “Tenho falado para o Saretta que estamos juntos para vencer e sabe que vai ser um grande jogo. Tem de acreditar e lutar para isso.”

Enquanto isso, Roddick entra em quadra para confirmar seu favoritismo e esperança de novo ídolo norte-americano. Vem de uma temporada brilhante nas quadras rápidas, com a conquista de dois títulos consecutivos, como os dos Masters Series de Montreal e Cincinnati. Nenhum americano acredita que possa perder o título do US Open, que seria o seu primeiro troféu de Grand Slam e abriria a porta para transformar-se em breve no novo número 1 do mundo.Hoje, Flushing Meadows, promete muitas emoções. O campeão de Wimbledon, Roger Federer enfrenta James Blake, Mark Philippoussis pega David Nalbandian, Carlos Moya joga com Nicolas Massu.

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