Sarah Menezes é campeã pan-americana e praticamente se garante na Olimpíada

Sarah Menezes está muito perto de ser confirmada como representante do Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio. Na chave mais dura do Campeonato Pan-Americano de Judô, em Havana (Cuba), na categoria até 48kg, ela venceu a também medalhista olímpica Sarah Pareto, da Argentina, para garantir o primeiro ouro do País na competição. Em seis chaves, o Brasil ganhou cinco medalhas de ouro, uma de prata e três de bronze, com 100% de aproveitamento no pódio.

Com os 400 pontos que vai ganhar pelo título continental, Sarah, que já tem 1.472 no ranking olímpico, vai ampliar ainda mais sua vantagem sobre Nathália Brígida. A rival soma 739 pontos e faturará 160 pelo bronze em Havana. Até o fim do período de classificação para o Rio-2016 serão realizados mais três eventos: um Grand Slam (500 pontos para o campeão), um Grand Prix (300) e o Masters (700). Um mesmo judoca, entretanto, não pode computar os pontos do Masters e do Pan, ficando com a pontuação mais alta entre as duas.

Para ganhar o ouro em Cuba, Sarah Menezes, atual sétima colocada do ranking mundial, venceu a venezuelana Maria Guedez (sem ranking), a colombiana Luz Álvarez (60.ª), a cubana Dayaris Mestre Álvarez (21.ª) e, na final, a argentina Paula Pareto (segunda). Nathalia caiu diante de Pareto, na semifinal, e depois faturou o bronze vencendo a colombiana. A brasileira é 23.ª do mundo.

KITADAI DÁ SHOW – Na categoria até 60kg, Felipe Kitadai faturou seu sexto título continental seguido e, de quebra, se aproximou da Olimpíada. Bronze em Londres-2012, ele faz disputa acirradíssima com Eric Takabatake e chegou a Cuba atrás no ranking olímpico.

Ao somar 400 pontos, deve chegar a 1.211 pontos, enquanto Takabatake, que ficou com o bronze no Pan, aparecerá com 1.232 na próxima listagem. A Confederação Brasileira de Judô (CBJ), entretanto, não necessariamente convocará quem estiver na frente no ranking, ainda que esta seja a regra – que permite exceções.

Para chegar ao hexa, Kitadai venceu o venezuelano Franklin Navarro (sem ranking), o argentino Hernan Birbrier (67.º), o cubano Yandry Marimon Torres (85.º) e o brasileiro naturalizado canadense Sergio Pessoa (56.º). Pessoa eliminou Eric Takabatake nas quartas de final. Depois, este teve que se recuperar vencendo o equatoriano Lenin Preciado (24.º) e o cubano Torres na repescagem.

Na categoria até 73kg, Alex Pombo não foi tão bem. Ele foi derrotado pelo canadense Arthur Margelidon (27.º) na final e, com a prata, garantiu 240 pontos. A briga pela vaga olímpica é contra Marcelo Contini, que está 25 pontos à frente no ranking olímpico mas não foi convocado para i a Havana porque a convocação da CBJ levou em consideração um ranking que ainda contabilizada os resultados do Pan do ano passado.

CHUVA DE MEDALHAS – Nas demais categorias, os brasileiros que estão no Pan serão também os que irão ao Rio-2016. Charles Chibana, que não vem em bom momento, fez apenas três lutas pra ganhar o ouro. Ao seu estilo, distribuiu ippons sobre o argentino Fernando Gonzalez (100.º), e os mexicano Angel Hernandez (80.º) e Eduardo Araújo (181.º). Na final, saiu mancando, mas a CBJ já informou que “num primeiro momento, não foi nada grave”.

Terceira do mundo, Erika Miranda não teve dificuldades de ganhar o ouro da categoria até 52kg. Ela fez três lutas, apenas, ganhando da peruana Brillith Carbajal Gamarra (101.º), da argentina Oritia González (47.ª) e da canadense Ecaterina Guica (32.ª).

Mariana Silva precisou ir ao golden score na final da categoria até 63kg, mas garantiu o ouro, vencendo a cubana Maricet Espinosa (18.ª). A brasileira vinha de triunfos sobre Andrea Gutierrez (47.ª) e a canadense Stefanie Tremblay (42.ª).

Já Rafaela Silva decepcionou. Décima da categoria até 57kg, ela estreou derrotada pela cubana Anailis Dorvigni (106.ª) já nas quartas de final e teve que se recuperar na repescagem. Venceu a argentina Gimena Laffeuillade (103.ª) e a canadense Jessica Klimkait (88.ª) e garantiu o bronze. Perdeu a chance de se testar contra duas fortes rivais: a americana Marti Malloy (quinta do mundo) e a canadense Catherine Beauchemin-Pinard (12.ª). Ela não ganha o Pan desde 2013.

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