São Paulo votará cobertura do Morumbi no dia de eleição

O São Paulo aproveitará a eleição para presidente do clube, no dia 16 de abril, para votar também o projeto de cobertura do estádio do Morumbi no conselho deliberativo. A ideia partiu de Carlos Miguel Aidar, candidato da chapa de situação e favorito a assumir o posto de Juvenal Juvêncio; ele sugeriu a manobra por temer que a oposição mais uma vez conseguisse obstruir a votação por falta de quórum, como já aconteceu anteriormente.

Juvenal era contrário à ideia, mas acabou convencido de que seria a única forma de conseguir fazer o projeto caminhar sem a necessidade de uma reforma estatutária que substituísse a obrigatoriedade da presença de 75% do conselho presente por uma maioria simples. O presidente concordou que o movimento traria enorme desgaste a Aidar logo em seus primeiros dias e autorizou uma reunião extraordinária para tratar do assunto.

As polêmicas em torno da reforma do Morumbi foram foco dos maiores atritos entre situação e oposição. Liderados por Marco Aurélio Cunha e Kalil Rocha Abdalla, os oposicionistas questionaram uma série de aspectos técnicos da obra e reclamaram de não ter tido acesso aos contratos da mesma. A diretoria disponibilizou a documentação em um dos maiores escritórios de advocacia da cidade, mas disse que as especificações técnicas serão detalhadas apenas após a assinatura dos termos.

Orçado em R$ 460 milhões, o projeto foi elaborado para captar investidores por meio de um fundo que arcará com as despesas da reforma – além da cobertura, estão previstos a construção de uma arena para shows para 28 mil pessoas e um estacionamento para 2 mil carros – em troca do direito da exploração da futura arena. A obra tem estimativa de conclusão de 18 meses.

“Estou tentando trazer a (construtora) Andrade Gutierrez de volta. Ela só saiu do projeto porque dois ou três imbecis começaram a criticar falando que é uma empreiteira que recebeu suborno e blablablá. O projeto está captado na CVM, dá para fazer a obra tranquilamente e é uma obra necessária porque senão o Morumbi vira um campo de jogo só para o São Paulo”, afirmou Aidar.

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