Mesmo remendado e jogando mal, o São Paulo conquistou neste sábado um excelente resultado em Florianópolis. Com 12 desfalques e repleto de garotos, venceu o Figueirense por 2 a 1, encerrou um jejum de cinco jogos sem vencer e assumiu a vice-liderança provisória do Brasileirão. Cícero abriu o placar no primeiro tempo, João Paulo empatou logo após o intervalo e Rivaldo, que havia começado o jogo no banco, fez um golaço para desempatar a partida.

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A vitória levou o São Paulo a 38 pontos, mesmo número que tem o Vasco, mas fica à frente pelos gols marcados – no domingo, o time carioca pega o América-MG, em Sete Lagoas. Jogando fora de casa, o time somou 23 dos seus pontos. Como mandante, fez apenas 15. O Figueirense, que vinha de uma vitória fora de casa sobre o Cruzeiro, parou nos 29 pontos, em oitavo, sendo ultrapassado pelo Fluminense.

O São Paulo tem um jogo histórico no feriado de quarta-feira. Ao entrar em campo para a partida que começa às 16h, contra o Atlético-MG, Rogério Ceni comemorará a marca de mil jogos com a camisa do São Paulo. O Figueirense vai a Goiânia, às 21h50 do mesmo dia, para pegar o Atlético-GO.

O JOGO – Com doze desfalques, quase todos titulares ou reservas de titulares ausentes, o técnico Adilson Batista não tinha outra opção senão mudar quase o time inteiro do São Paulo. Não contente, ele aproveitou para mudar também a forma de a equipe jogar. Se normalmente ela atua sem centroavantes, neste sábado subiu ao gramado com dois: William José e Henrique. Ao invés de dois armadores, apenas Cícero, e jogando quase como volante. Cérebro do meio-campo tricolor, Casemiro, um dos poucos titulares, foi deslocado para o lado direito. João Filipe, zagueiro, tinha liberdade para chegar no ataque com a posse de bola.

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Perante uma equipe tão desorganizada, o Figueirense parecia o Barcelona, tamanha facilidade para tocar a bola. O time paulista, por sua vez, jogava como time pequeno. Se fechava na defesa e tentava chegar ao ataque com chutões. Até os 30 minutos, só conseguiu entrar na área adversária uma vez – Henrique Miranda ficou com medo de chutar de direita, apesar do espaço.

Num passe errado de Casemiro na intermediária defensiva, o Figueirense quase marcou. Julio Cesar recebeu na área e chutou de esquerda. A bola bateu no pé da trave e voltou para Wellington Nem, que exagerou no preciosismo e mandou a bola nas costas de Xandão. Só aos 39 minutos é que o São Paulo deu seu primeiro chute, com Casemiro, que pegou muito mal e mandou longe do gol.

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As chances para o São Paulo, porém, se resumiam à bola parada, mas Casemiro, apesar da altura dos são-paulinos na área, insistia em cobrar faltas e escanteios por baixo. Quando mudou o batedor, saiu o gol, aos 42 minutos. Carlinhos levantou a bola na área e Cícero fez de peixinho.

Percebendo a dificuldade de o São Paulo prender bola no campo de ataque, Adilson trocou Henrique por Rivaldo no intervalo. Os planos foram inicialmente frustrados pelo Figueirense, que, aos 3 minutos, empatou. Num escanteio marcado erradamente pelo árbitro Francisco Assis, a bola sobrou para João Paulo, livre na área, deixar tudo igual.

Em um lance envolvendo os dois jogadores com mais recursos da equipe, o São Paulo voltou à frente. Casemiro deu excelente assistência para Rivaldo, que saiu da mesma linha da marcação e apareceu na cara de Wilson. O veterano deslocou o goleiro com um chute no ar e, com o gol aberto, só teve que dar uma cavadinha na bola para balançar as redes.

Como o Figueirense insistia em atacar pelas laterais, com Bruno e Juninho, Adilson Batista reforçou a marcação por ali. As duas laterais do São Paulo eram zagueiros: Luiz Eduardo e João Filipe. Na base da bola aérea, o time catarinense buscava o empate, mas deixou o campo com mais uma derrota.

FICHA TÉCNICA:

Figueirense 1 x 2 São Paulo

Figueirense – Wilson; Bruno, João Paulo, Edson Silva e Juninho; Ygor, Jônatas, Maicon (Leandro Chaves, depois Somália) e Elias; Wellington Nem (Fernandes) e Júlio César. Técnico – Jorginho.

São Paulo – Rogério Ceni; João Filipe, Rhodolfo, Xandão e Henrique Miranda (Luiz Eduardo); Rodrigo Caio, Carlinhos, Casemiro e Cícero; Henrique (Rivaldo) e William José (Bruno). Técnico – Adilson Batista.

Gols – Cícero, aos 42 minutos do primeiro tempo. João Paulo, aos 3, e Rivaldo, aos 14 minutos do segundo tempo.

Árbitro – Francisco Assis Almeida Filho (CE).

Cartões amarelos – Ygor, Edson Silva, Jônatas, Casemiro e Henrique.

Renda e Público – Não disponíveis.

Local – Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis.