Pouca gente poderia imaginar que a reta final do Campeonato Brasileiro fosse ter algum resquício de emoção, mas os recentes tropeços do Cruzeiro acenderam a chama da esperança no São Paulo, que agora tenta se aproximar dos mineiros no último sprint. Para continuar sonhando com o título, no entanto, não basta apenas torcer contra o líder. É preciso vencer o Criciúma, neste domingo, às 17 horas, no estádio Heriberto Hülse, em Criciúma (SC), pela 32.ª rodada, para seguir vivo.
Cinco pontos separam os rivais, distância que chegou a ser o dobro há algumas rodadas. No entanto, o Cruzeiro começou a tropeçar como ainda não havia acontecido no campeonato – o time conseguiu apenas uma vitória nos últimos cinco jogos – e permitiu que os adversários se aproximassem um pouco mais na tabela de classificação.
Na primeira tentativa, o time tricolor falhou e ficou no empate com a Chapecoense, mas na última segunda-feira a vitória por 3 a 0 sobre o Goiás encurtou para cinco pontos a distância. O elenco sabe que a vantagem do líder ainda é confortável, mas está revigorado com a chance ou de incomodar os mineiros ou de ao menos se estabelecer de vez na segunda posição, o que garantiria o clube já na fase principal da Copa Libertadores.
“Falo isso por experiência profissional que já vivi: é muito difícil tirar cinco pontos em 21 que ainda temos em disputa, mas não podemos desistir. Temos que jogar ou pela vitória para ser campeão ou para nos garantirmos no G4”, ponderou o goleiro e capitão Rogério Ceni, logo após a vitória contra o Goiás.
Desta forma, o São Paulo que irá a Criciúma terá como missão propor o jogo e atuar como se estivesse em casa. Sem alternativas, o técnico Muricy Ramalho mandará o que tem de melhor à disposição; o que não quer dizer que o time estará completo. Alexandre Pato e Rafael Toloi seguem fora por problemas musculares, enquanto que Kaká também ser preservado. “Se eu colocá-lo todo jogo, ele vai estourar”, alegou o treinador.
Luis Fabiano e Antonio Carlos são os mais cotados para ficarem com as vagas. Michel Bastos, que vem em grande momento, herda seu lugar. O que ninguém espera é que mesmo a péssima fase do Criciúma, lanterna da competição e vindo de três derrotas seguidas, vá aliviar a situação. “Será um jogo muito difícil. No primeiro turno não conseguimos vencê-los. Teremos que superar o desgaste e o desespero deles. Temos a obrigação de vencer para continuar sonhando com o título. Teremos que estar muito centrados para conseguir o que queremos”, alertou Hudson.