Em situação complicada nas oitavas de final da Libertadores, os jogadores do São Paulo têm, pelo menos na teoria, a receita para passar pelo Atlético-MG nesta quarta-feira, no Independência: repetir o desempenho do início do jogo de ida, disputado na quinta passada, no Morumbi. O time paulista acabou derrotado por 2 a 1, mas dominou o adversário durante os 30 minutos iniciais e só viu o panorama do jogo mudar depois que Lúcio foi expulso, ainda no primeiro tempo.

continua após a publicidade

“Jogamos muito bem o começo do primeiro jogo com o Atlético-MG e perdemos por uma fatalidade que poderia acontecer com qualquer outro atleta. Mas o jogo se encaminhava para uma vitória nossa. Infelizmente o panorama mudou, o Atlético-MG tem uma equipe muito boa”, disse o goleiro Rogério Ceni, nesta terça-feira, em entrevista à ESPN Brasil.

A mesma análise foi feita pelo meia Jadson. “Temos que jogar do mesmo jeito que jogamos no começo do primeiro jogo, com muita pegada, um ajudando o outro, que assim sei que poderemos buscar esse resultado. Claro, a gente sabe que o Atlético-MG é uma grande equipe, mas a gente tem esperança e confia no nosso potencial. Então temos tudo para reverter esse resultado se tivermos inspirados e jogarmos bem.”

O próprio jogador, no entanto, admitiu que o São Paulo está sob “desconfiança” depois da derrota na primeira partida e da eliminação na semifinal do Campeonato Paulista, com a derrota nos pênaltis para o Corinthians no domingo. Ele também confirmou a chateação do grupo com o momento, mas garantiu que tudo será esquecido para a partida.

continua após a publicidade

“Todo mundo fica triste, ainda mais depois de dois jogos que fizemos bem, principalmente no começo contra o Atlético-MG. Infelizmente, por detalhes, não conseguimos as vitórias, mas precisamos esquecer isso pra pensar somente nessa partida. Claro, sabendo que as dificuldade serão enormes”, comentou.

Apesar de garantir o foco para esta quarta, a derrota de domingo ainda repercute no São Paulo, principalmente pela forma como aconteceu. Na disputa de pênalti, Rogério Ceni defendeu o pênalti decisivo de Alexandre Pato, mas se adiantou muito e o árbitro mandou voltar. Na segunda chance, o atacante confirmou a classificação corintiana.

continua após a publicidade

Mesmo sem fazer críticas diretas ao juiz Antonio Rogério Batista do Prado, o goleiro são-paulino desaprovou a decisão. “É muito da situação do jogo, do árbitro, do peito e da boa vontade dele. Já peguei pênaltis assim que foram validados. Era a última chance que nós tínhamos, precisava pegar e a defesa foi feita”, argumentou.