O São Paulo passou a se agarrar nos números para se convencer de que é possível sonhar alto na Copa Libertadores. Neste domingo, após a vitória sobre o Oeste por 3 a 2 pelo Campeonato Paulista, a competição continental predominou nas declarações do time, que revelou a ansiedade para reagir no torneio. Porém, o próximo compromisso é somente dia 4 de abril, contra o The Strongest, fora de casa.
“Estamos cheios de exemplos no futebol de equipes que começam mal uma competição e terminam bem e vice-versa”, afirmou o técnico Ney Franco. Um dos exemplos próximos é o Cruzeiro, em 2011. Sob o comando de Cuca, atual técnico do Atlético-MG, a equipe fez a melhor campanha da fase de grupos da Libertadores e ainda venceu o jogo de ida das oitavas de final fora de casa por 2 a 1. Mas na volta foi superado por 2 a 0 pelo Once Caldas, da Colômbia, e foi eliminado.
A própria caminhada do São Paulo rumo ao título da Copa Sul-Americana do ano passado pode ser um parâmetro. Após eliminar o Bahia, a equipe estreou na fase internacional contra a LDU de Loja, do Equador. Foram dois empates com atuações fracas, incluindo um 0 a 0 no Morumbi sob vaias. Depois foi a vez de enfrentar a Universidad de Chile, nas quartas de final, quando o time engrenou rumo ao título.
“Quem vive e sabe da história do São Paulo, sabe que fazemos uma das piores campanhas da história na Libertadores. Mas trabalhamos com a possibilidade de título”, comentou. A última vez em que o clube caiu na fase de grupos foi em 1987, quando ficou em último lugar.