Fã assumido de basquete, Muricy Ramalho frequentemente lembra que as reações no esporte da bola laranja são conduzidas gradualmente. “Se você está perdendo por 20 pontos, não vai conseguir tirar a diferença em um único ataque. É pouco a pouco”, costuma dizer o treinador. Pois a matemática do São Paulo poucas vezes foi tão simples neste Campeonato Brasileiro. Se vencer o Vasco neste domingo, a partir das 16 horas, em São Januário, o time termina a rodada fora da zona de rebaixamento, independentemente dos demais resultados.

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Será a segunda chance em pouco tempo para deixar a zona de rebaixamento – na última vez, derrota para o Criciúma por 2 a 1 no Morumbi, ainda sob o comando de Paulo Autuori. Mas nem mesmo o empate pode ser considerado bom resultado neste domingo. Deixar de somar os três pontos pode fazer a distância para fugir das últimas posições ficar ainda maior. Por isso, Muricy promete um time jogando para frente. “Tem que ganhar. Só em casa não dá, porque perdemos muito em casa e precisamos agora ganhar fora. Não adianta ir com cautela, precisamos do resultado”, sentenciou.

Um fator que pode ajudar a equipe na complicada missão em São Januário é a onda positiva criada pelo retorno do treinador após quatro anos longe do Morumbi. Idolatrado pela torcida, o próprio Muricy admitiu que os jogadores sentiram o impacto da mudança. Assim, o São Paulo já conseguiu somar uma vitória na reestreia dele, na última quinta-feira, diante da Ponte Preta.

“O Muricy tem uma campanha vitoriosa, sabe cobrar e exigir muito dos jogadores. Ele tem uma identificação muito grande com o São Paulo e espero que ele possa contribuir para tirar o time dessa situação”, disse o atacante Luis Fabiano, autor do gol salvador contra a Ponte.

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A expectativa é que a péssima exibição contra o Coritiba – derrota no domingo passado, no último jogo fora de casa – não se repita, fundamentalmente pelo fato do time estar mais descansado do que quando foi ao Paraná – na ocasião, o confronto marcou o fim da maratona de quatro jogos em oito dias. Satisfeito com o número de oportunidades criadas contra a Ponte, Muricy quer que os comandados mantenham a mesma postura e finalizem muitas vezes ao gol.

O treinador já sinalizou que não pretende recriar o sistema com três zagueiros que caracterizou sua última passagem pelo clube e que foi utilizada na reestreia como uma “emergência”. Mas a falta de um volante marcador – Denilson cumpre suspensão e Wellington está em repouso após um sangramento digestivo – pode forçar a repetição do esquema. Fabrício aparece como candidato a assumir a vaga no meio, enquanto Rodrigo Caio tende a ser mantido como líbero. Enquanto isso, o ataque deve ter o retorno de Aloísio, cortado do último jogo por causa de uma crise de amidalite.

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